Faleceu um dos maiores nomes da História da Fórmula 1.
Vítima de uma pneumonia, faleceu ontem Sir Frank Williams, um dos nomes maiores da História da Fórmula 1. Fundador e dono da equipa com o seu nome, durante 43 anos, levou vários pilotos a título mundial e conseguiu nove títulos de Construtores.
Bernie Ecclestone, o “eterno” patrão da F. 1, dizia hoje que a morte de Frank Williams representa “o fim de uma era”, um comentário que de alguma maneira resume o que representa o desaparecimento do antigo piloto, mecânico e, mais do que tudo, patrão de uma das mais vitoriosas equipas do “Circo”.
Williams nasceu, a 16 de Abril de 1942, em South Shields, envolvendo-se com o desporto automóvel a partir dos seus 19 anos.
Quase sempre com falta de recursos, era piloto e simultaneamente o mecânico. Tornou-se amigo de vários pilotos e aos 24 anos optou por centrar os seus esforços na constituição de uma equipa – a Frank Williams Racing Cars –, tendo como piloto o seu amigo Piers Courage (ambos na imagem).
Utilizando chassis da Brabham, começou por fazer alinhar em provas de F. 3 e F. 2 pilotos como Jochen Rindt, Carlos Reutmann e, naturalmente, Piers Courage.
Foi com este último que se deu a estreia na F. 1, em 1969, com um chassis Brabham, a que se seguiu um acordo com a De Tomaso, com um chassis desenhado pela Dallara.
O automóvel não era competitivo e a “aventura” terminou quando Courage teve um acidente fatal, no Grande Prémio da Holanda, em Zandvoort.
Foi apenas a primeira de muitas perdas de Frank Williams e apenas uma em que se disse que a sua carreira estava terminada.
Nada de mais errado.
“Sobreviveu” em 1971 e 1972 (tendo como pilotos Henri Pescarolo e Carlos Pace) até que no final de 72 foi criado o primeiro Williams, criado por Len Bailey e tendo o suporte dos italianos da Iso.
No ano seguinte vende a sua participação a Walter Wolf, sendo necessário esperar até final de 1976, ano da criação da Williams Grand Prix Engineering, na qual passa a contar com a colaboração de Patrick Head.
Estávamos a chegar ao período áureo de Frank Williams, tendo Alan Jones como piloto, que chegaria ao título mundial em 1980, quando a Williams já contava com o patrocínio da Saudi Airlines.
Depois de Jones, Williams levou a título pilotos como Keke Rosberg, Nelson Piquet, Nigel Mansel, Alain Prost, Damon Hill e Jacques Villeneuve.
Entretanto, em Março de 1986 um acontecimento viria a marcar a vida de Frank Williams: na sequência de um acidente de viação, ficou paraplégico e todos os médios não lhe prognosticavam mais do que dez anos de vida.
Como ao longo de toda a sua vida, Frank Williams viria a contrariar tudo e todos, vivendo por mais 35 anos, mantendo-se como líder da equipa até 2012.
Ontem chegou ao fim a vida de um verdadeiro resistente, por direito próprio, com lugar na restrita galeria onde estão nomes como Enzo Ferrari Ken Tyrrell, Colin Chapman e poucos mais.
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