O penúltimo automóvel onde andou o presidente assassinado voltou a mudar de mãos.
Na noite em que a maioria das atenções se viram para os Estados Unidos e para as suas eleições, recuperamos uma notícia de há uns dias, quando a Bonhams vendeu em leilão um Lincoln Continental, que transportou o presidente John Kennedy horas antes de ser assassinado.
Com o título “The American Presidential Experience”, o catálogo do leilão da Bonhams apresentava de tudo um pouco, desde um blusão de couro oferecido por Kennedy a um amigo até uma réplica, em tamanho real, do Air Force One.
E também dois automóveis: um Lincoln Continental Mark V, de 1960, preto, que Kennedy utilizava para as deslocações privadas em Washington (que ficou sem comprador) e um Lincoln Continental Convertible, que transportou o presidente na manhã trágica de 22 de Novembro de 1963.
Propriedade do stand do comerciante local Bill Golightly, o Lincoln foi emprestado às autoridades federais para aquela deslocação ao Texas e foi nele que Kennedy e Jacqueline iniciaram o dia, na ligação entre o hotel de Fort Worth, onde dormiram, e a base aérea local, de onde seguiram de avião para Dallas, onde Kennedy veio a ser assassinado.
Não sendo o automóvel da tragédia, foi devolvido ao seu proprietário, que o acabou por vender, como um automóvel “normal”, a David Pelham. Três anos mais tarde, L.H. Hough viu potencial no automóvel e comprou-o para o seu Museu da Tragédia Americana, onde ficou em exposição até 1998, já decorado como se encontra actualmente.
Nesse ano passou a ser propriedade de John Reznikoff, que o manteve até organizar, em 2013, o leilão Camelot: 50 Years After Dallas.
Foi então vendido por 318 mil dólares, valor que pouco aumentou agora, uma vez que no último leilão da Bonhams mudou de mãos por 375 mil dólares.
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