A herança de Sean Connery: muito mais do que o DB5


No primeiro filme da saga, 007 guiava um Sunbeam Alpine e, com o que ganhou, o actor comprou um Porsche 356.


Sir Sean Connery faleceu no fim-de-semana e as notícias da sua morte foram quase todas associadas ao Aston Martin DB5, que o actor conduziu pela primeira vez, no seu papel de James Bond, no terceiro filme da saga 007 (“Goldfinger”, 1964). Mas, a estreia de 007 deu-se ao volante de um Sunbeam Alpine Serrie II e, com o que ganhou pelo seu desempenho, o actor comprou um Porsche 356.

Em 1962, ano do primeiro 007 (“Dr. No”), Connery era um actor com menos de uma década de carreira, feita principalmente em produções televisivas. Então uma película de baixo orçamento (parece que ninguém adivinhava, então, o que viria a ser o fenómeno 007…), Connery não recebeu nenhuma fortuna: 20 mil dólares.

Mas, como o seu contrato previa que tivesse uma percentagem dos lucros de bilheteira, recebeu mais 125 mil dólares, uma parte dos quais usou para comprar um Porsche 356 A. Usado, fabricado em 1958.

Entretanto, face ao êxito da primeira película, nos cinemas sucederam-se os filmes de 007 e multiplicaram-se os automóveis guiados pelo super-agente.

Primeiro, em “From Russia with love”, de 1963, Bond utilizou um clássico Bentley 3 ½ Litre Drophead, de 1935, só aparecendo o mítico Aston Martin DB5, de 1963, na película seguinte, o já referido “Goldfinger” e, depois, no quarto filme da saga, “Thunderball”, de 1965.

Radicalmente diferente foi a escolha para “Bond Car” em 1967: rodado no Japão, “You only live twice” ofereceu a James Bond um automóvel único: um Toyota 2000GT… descapotável.

O inconfundível GT nipónico – hoje valorizado em cerca de um milhão de euros – teve apenas 351 unidades produzidas, todas com a forma de um coupé. A Toyota apenas fabricou duas unidades descapotáveis, ambas para serem utilizadas na rodagem do filme. Descapotáveis… pelo facto de Sean Connery, com o seu 1,88 metros de altura, não caber dentro do coupé nipónico.

Quatro anos volvidos, em “Dimonds Are Forever” (1971), Sean Connery apareceu ao volante de um Ford Mustang March 1, sendo que para conduzir aquela máquina teve como conselheiro o seu compatriota escocês… Jackie Stewart.

Entretanto, a garagem privada de Sean Connery também foi evoluindo. Primeiro, o Porsche 356 A deu lugar a um Jensen C-V8 (que foi vendido em leilão, há cerca de dois anos) e também um um Aston Martin DB5.

Depois optou por outros modelos mais “pacíficos”, como um BMW CSL, de 1972, que Connery posteriormente trocou por um 635 CSi, que mantinha em Marbella, junto à sua casa de férias.

Nos últimos anos, Sean Connery foi visto a conduzir modelos como um Bentley Arnage ou um Range Rover Vogue. E, por fim, um Tesla Model S.






A herança de Sean Connery: muito mais do que o DB5 A herança de Sean Connery: muito mais do que o DB5 Reviewed by Auto Vintage on 2.11.20 Rating: 5

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