Produção do roadster arrancou em Setembro de 1995, na fábrica… dos Estados Unidos.
Décadas passadas sobre a criação do eterno 507 e na esteira do (ainda tímido) êxito do Z1, a BMW voltou a apostar forte no segmento dos roadsters. Em Setembro de 1995, na fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul, começou a produção daquele que a partir de agora, ao fazer 30 anos, é um novo Clássico, o BMW Z3.
Estava o Z1 a acabar a sua vida útil, de apenas dois anos, quando, em 1991, a BMW decidiu constituir um grupo de trabalho para desenvolver um novo roadster.
Equipa liderada por Burkhard Göschel, o design da carroçaria foi confiado ao japonês Joji Nagashima, cujo trabalho estava concluído a 2 de Abril de 1994, data em que a sua criação deu entrada no registo de patentes da Alemanha.
A fórmula foi simples. A clássica dos roadsters BMW: capot longo, traseira curta, suspensão baixa e posição de conduzir recuada, quase sobre o eixo traseiro.
Mostrado pela primeira vez, através de um press-vídeo, a 12 de Junho de 1995, a produção apenas foi iniciada a 20 de Setembro do mesmo ano.
Não numa das fábricas da Baviera mas na unidade que a marca detinha nos Estados Unidos, mais precisamente em Spartanburg, na Carolina do Sul.
Projectado para o Mundo, em Dezembro de 1995, com a estreia do filme da saga 007 “Golden Eye”, o Z3 ganhou uma fama instantânea (em Janeiro de 1996 já estava vendida toda a produção desse ano…) e a BMW soube capitalizar essa exposição.
As vendas dispararam e, entre 1996 e 2002, 297.087 unidades vieram a ser produzidas.
Longe de ser perfeito – os críticos apontavam as modestas motorizações iniciais, a rigidez do chassis inferior em comparação com rivais como o Porsche Boxster e a simplicidade do interior –, ainda assim o Z3 impôs-se por outras qualidades: era mais barato do que os seus concorrentes directos, o que permitiu “democratizar” a experiência de um roadster premium.
A capota manual (a eléctrica só apareceu como um opcional tardio) e o prazer de conduzir ao ar livre conquistaram uma legião de fãs, muitos dos quais ainda mantêm os Z3 nas garagens de muitos coleccionadores.
Passados 30 anos, o BMW Z3 permanece uma cápsula do tempo dos anos 1990, uma era em que conduzir era sinónimo de prazer puro. Não é, nem nunca pretendeu ser, o roadster mais rápido ou sofisticado, mas a combinação de estilo, acessibilidade e carisma tornaram-no inesquecível.
Hoje, o Z3 é um recordação de que o som de um motor e o vento nos cabelos ainda têm lugar no coração dos apaixonados por automóveis.
Foto: BMW Press

No comments: