Primeiro exemplar do pioneiro 10/20 saiu da fábrica a 2 de Maio de 1923.
Com mais de um século de existência enquanto produtor de veículos de duas rodas, a Triumph apenas começou a fabricar automóveis na década de 20 do século passado. O primeiro exemplar do pioneiro modelo 10/20 saiu da fábrica a 2 de Maio de 1923, faz hoje 100 anos.
Enquanto fabricante de automóveis, a Triumph é, desde 1984, uma marca sem actividade. Uma década mais tarde, na sequência da venda do Rover Group, em 1994, a Triumph é hoje detida pela BMW, que não parece ter planos para a reactivar.
Esse facto, porém, não retira o brilho à história deste fabricante britânico, que ainda hoje é dos que têm mais fãs em todo o mundo dos Clássicos.
Para contar a história da Triumph teremos de recuar até 1885, ano em que Siegfried Bettmann de Nuremberga criou em Londres uma empresa, como o seu nome, destinada a vender bicicletas importadas do continente europeu.
O nome comercial mudou, no ano seguinte, para Triumph, sendo que a partir de 1887 Bettmann passou a ter como sócio outro alemão, Moritz Schulte. Dois anos mais tarde, os dois empresários começaram a fabricar em Inglaterra as suas próprias bicicletas, as quais começaram a motorizar a partir de 1902.
Chegando a 1923 com larga experiência no campo dos motociclos, o passo seguinte foi o aparecimento do Triumph 10/20 (equipado com um motor da Lea-Francis, a quem a Triumph pagava um taxa por cada unidade vendida), automóvel que se manteve em produção até 1926, terminando a carreira com cerca de 2.500 unidades fabricadas.
A partir de então e até ao início dos anos 70 a história da Triumph foi bastante interessante, evoluindo dos pequenos utilitários (os Super Seven e os Super Nine) para modelos marcantes como os Gloria e os Dolomite, dos anos 30.
Terminada a Guerra, a Triumph veio a impor-se como fabricante de desportivos, com os sucessivos TR (do 2 até ao derradeiro 8), sem esquecer os Spitfire.
Entrando nos anos 60 com a continuidade nos “saloons” a ser dada pelo Herald – numa altura em que a marca foi absorvida pela Leyland –, recuperou a denominação Dolomite a meio dos Anos 70, numa altura em que ainda não se previa o fim.
O último automóvel Triumph viria a ser o Acclaim, lançado em 1981, com motor Honda, de quem recebeu licença para fabricar um modelo que era versão europeia do nipónico Ballade.
Em 1984, por decisão da Brithish Leyland, o Acclaim deixou de ser fabricado, sendo substituído pelo Rover 200 e com essa decisão a marca Triumph nunca mais voltou a ser utilizada num automóvel.
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