Modelo vai juntar-se ao 327 Cabriolet também da marca bávara.
O Museu do Caramulo acaba de ver a sua colecção permanente de reforçada com um BMW 328 de 1937. Este modelo junta-se agora ao BMW 327 Cabriolet da colecção do Museu do Caramulo, criando assim um interessante e raro
núcleo da marca da Baviera de um dos períodos dourados da História Automóvel.
Apresentado em 1936, o BMW 328 tinha um renovado motor de dois litros de capacidade.
A carroçaria, assente num chassis de longarinas longitudinais com secções tubulares, era moderna e bem proporcionada, com os faróis embutidos, característica que passou a ser obrigatória dez anos depois. A suspensão dianteira independente, pouco comum na época, e o bem guiado eixo
rígido, permitiam explorar com eficiência germânica os 80cv do motor de série, para os menos de 800 kg de peso. Com estas características, o BMW era o melhor desportivo da categoria até dois litros, como ficou provado pelos seus inúmeros sucessos desportivos.
Apenas dois 328 foram produzidos em 1936, com 11 a serem terminados em 1940, ano em que cessou o seu fabrico, após 461 exemplares, quando toda a produção de automóveis particulares na Alemanha foi proibida, devido ao esforço de guerra.
Mas a herança do exemplar modelo alemão prolongou-se muito para além dessa data.
Depois de 1945, a fabricante britânica de aviões Bristol, recebeu, a título de indemnização de Guerra, a utilização da patente do motor de seis cilindros BMW. Até 1960, o que era um conceito de meados dos anos 30, continuou a motorizar tanto a recém-inaugurada série dos Bristol de estrada – do modelo 400, de 1946, ao 406, de 1960 – como um vasto conjunto de automóveis desportivos e de competição. E um olhar atento para o Jaguar XK120, considerado um dos mais
progressistas automóveis dos anos 50 em termos estéticos, revela com facilidade a influência que o BMW 328 teve neste inovador conceito.
Foto Stéphane Abrantes/Museu do Caramulo
No comments: