Icónico modelo francês foi lançado a 24 de Fevereiro de 1983.
Nos seus 15 anos de vida, foi um pouco de tudo. De “simples” citadino, apenas com 40 cavalos, até uma máquina temível (na versão Turbo 16) no campo dos Rali, onde foi campeão do Mundo. Uma história que começou faz amanhã 40 anos. O Peugeot 205, o “Número Sagrado”, foi lançado a 24 de Fevereiro de 1983.
Começado a desenvolver em 1977, como Projet M24, a história do Peugeot 205 é inseparável da de Jean Boillot, então membro do conselho de administração da marca. Foi ele quem, num período difícil para a empresa, apresentou o ambicioso projeto de um novo automóvel compacto, que seria muito mais do que um veículo de cidade. Deveria ser um veículo polivalente, que se sentisse à vontade tanto em ambiente urbano como em estrada, capaz de transportar uma pequena família e que, ao mesmo tempo, fosse acessível... em suma, um automóvel que fosse bom para tudo e para todos.
Em termos de design, tecnologia e marketing, o 205 foi revolucionário. Embora a maioria dos Peugeot anteriores tivesse sido desenhada pela Pininfarina, foi o projecto dos designers internos, liderados por Gérard Welter, que venceu o concurso organizado internamente, com um design muito mais moderno e fluido (a Pininfarina ficou responsável por desenhar a versão Cabriolet).
Acabou por ser um grande nome no panorama do design automóvel, Paul Bracq, então membro do estúdio Peugeot a criar o interior do 205.
Mecanicamente, o 205 foi o primeiro Peugeot a receber uma gama vasta e variada de motores, de 45 a 200 cavalos de potência. No
seu lançamento, foi proposto com quatro motores a gasolina e um a gasóleo. No ano seguinte, a gama foi alargada para incluir os GTi e Turbo 16, que viriam a ser lendários. Seguiu-se uma multiplicidade de versões, desde as mais acessíveis até às mais sofisticadas.
Completando a receita de sucesso, a partir de 1983, o Peugeot 205 beneficiou de um marketing à altura das suas qualidades.
Assim que foi lançado, a invenção da designação “Número Sagrado” causou um grande impacto.
Mas também o Automobilismo seria um poderoso meio de promoção do 205 e da Peugeot. A partir de 1984, sob o impulso de Jean Todt, a marca estreou-se na categoria rainha do Campeonato do Mundo de Ralis, o Grupo B.
Durante a primeira temporada, Ari Vatanen deixou uma forte impressão ao ganhar três ralis. Em 1985 e 1986, o 205 Turbo 16 permitiu à Peugeot ganhar o título mundial entre os construtores e levou Timo Salonen (1985) e Juha Kankkunen (1986) à conquista dos títulos de Pilotos.
Com o desaparecimento dos Grupo B no “Mundial” de Ralis, no
final de 1986, Jean Todt propôs à Peugeot a participação dos 205 T16 num evento lendário, o Paris-Dakar.
Desafio aceite, desafio ganho: em 1987 e 1988, o Peugeot 205 T16, especialmente adaptado, ganhou o famoso rali-raid, primeiro pelas mãos de Ari Vatanen, depois conduzido por Juha Kankkunen.
Em 1998, após uma longa e rica carreira de 15 anos, e depois de 5.278.050 unidades produzidas, o Peugeot 205 retirou-se, mas na mente dos entusiastas dos automóveis permanecerá para sempre como o “Número Sagrado”.
Foto: Peugeot
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