Revival celebrou os 75 anos da marca italiana e as seis décadas do primeiro título mundial do piloto britânico.
A edição deste ano do Goodwood Revival, que decorreu de sexta a domingo passados, ficou marcada, como sempre, por corridas espectaculares, com automóveis dos anos 40, 50 e 60. No entanto, da edição deste ano destacam-se, ainda mais, as paradas de homenagem à Ferrari e a Graham Hill.
Na verdade, pode dizer-se que a Ferrari e Graham Hill (e ainda o centenário do Austin Seven) foram reis da edição deste ano.
Para comemorar os 75 anos da Ferrari, Goodwood reuniu em pista um singular conjunto de automóveis, entre os quais se contavam modelos que raramente se veem e que estão associados a momentos históricos da marca.
Entre eles destacavam-se vários modelos que se consagraram em Le Mans, como o 250 LM (que em Goodwood teve Emanuele Pirro ao volante), o 275P, um dos poucos chassis que venceram as 24 Horas por duas vezes, ou o 250 TR, conduzido em 1958 pela dupla Phil Hill-Olivier Gendebien.
Mas também outros modelos, como o Lancia-Ferrari D50, que Juan Manuel Fangio levou ao título mundial de 1956, o 225 S Vignale Berlinetta (aqui representado por um automóvel que fez a sua carreira desportiva em Cuba), o 250 SWB vencedor em Goodwood em 1960 e 1961, com Stirling Moss ao volante, e, não menos importante, um 250 GTO/64, como o qual Graham Hill venceu em Goodwood e que está nas mãos do mesmo proprietário desde 1969.
E por falar em Graham Hill, tal como previsto, foi o seu filho Damon quem, ao volante do BRM P578, abriu uma longa parada, como dezenas de automóveis que foram conduzido pelo campeão do Mundo de Fórmula 1 de 1962 e 1968.
Num fim-de-semana onde não faltaram, como dissemos, corridas emocionantes – talvez o momento mais espectacular tenha sido o duelo, no sábado, entre Andre Lotterer e Alex Brundle, cada um ao volante de um Mini Cooper –, destaque mereceram ainda os 130 Austin Seven, nas suas mais variadas formas, que se fizeram à pista para lembrar o centenário do automóvel a quem já chamaram “o Volkswagen britânico”.
Tantas vezes esquecido, o Austin Seven, para além ter vendido quase 300 mil exemplares em Inglaterra, foi fabricado sob licença em países tão diferentes como a França, o Japão ou a Alemanha, onde foi o primeiro BMW pequeno, o Dixi.
No próprio Reino Unido, o Seven (também conhecido como “Baby Austin”) teve uma versão especial carroçada pela Swallow, precursora da Jaguar. E foi também tendo como base o chassis do Austin Seven que Colin Chapman e Bruce McLaren construíram os seus primeiros carros.
Foto: Goodwood Revival
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