Venda do Museu de Vernon foi um êxito (quase) total

Artcurial leiloou todo o acervo do Château e outros automóveis de particulares.

Vender 86 de 89 automóveis num leilão na Europa não é comum por estes dias. Mas foi isso que conseguiu a Artcurial, na venda do acervo do Musée Automobile du Château de Vernon.

Como aqui demos conta há pouco mais de dois meses – em https://www.auto-vintage.net/2025/07/um-museu-inteiro-para-ser-leiloado.html – o falecimento de Jean-Pierre Nylin, fundador do museu automóvel no Château que era seu, deu origem ao leilão agora realizado, que foi um êxito de vendas, movimentando, no total, mais de três milhões de euros.

Como dissemos então, para além das peças adquiridas por Jean-Pierre Nylin, outros automóveis, de particulares, que não faziam parte do museu também foram incluídos no catálogo.

Foi, aliás, um desses automóveis o “campeão” da venda (feita perante uma plateia de cerca de 400 pessoas, entre as quais se destacava actor Rowan Atkinson, mais conhecido como Mr. Bean): um Bentley 3L Tourer, de 1923, carroçado pela Harrisson & Sons, que foi adquirido por 168.560 euros.

Fazendo par com o Bentley nas fotos de divulgação do leilão (na imagem), muito mais barato foi um Lancia Lambda Torpedo, de 1926, que não foi além de 54.180 euros.

Voltando a tabela dos mais caros, o segundo mais valioso foi um Alfa Romeo 1900 CSS, de 1957, que atingiu o valor de 150.500 euros, ou seja, mais do que um Maserati 3500 GT, de 1959, que encontrou comprador por 125.216 euros.

Umas dezenas de euros mais do que um outro Maserati, o Sebring 3500 GTi, vendido por 98.728, que foi a peça mais valiosa do acervo do Musée Automobile du Château de Vernon.

Apesar da venda ter terminado com a leiloeira satisfeita, certamente também assim de lá saíram muitos compradores, já que se venderam automóveis a preços muito “interessantes”.

Sem falar dos “barn find” (que depois são um mistério sobre o valor a gastar para os devolver à vida…), vendeu-se, por exemplo, um Jaguar XK140, de 1955, por 51.772 euros, um Rolls-Royce 25/30, de 1937, por 19.264 euros ou um Daimler Sovereign, de 1969, por 7.224 euros.

Num leilão em que não existia preço de reserva e que tinha estimativas baixas, até o único Citroën 2CV do catálogo – um AZAM ENAC, de 1965 –, vendido por 12.040, foi barato para o que se vê por aí…

Foto Artcurial