A 14 de Junho de 1969, Jacky Ickx (vencedor nesse ano) recusou-se a correr para o seu carro.
Dia 14 de Junho de 1969. Faz hoje 55 anos. Inicia-se a 37ª edição das 24 Horas de Le Mans. Com um protesto, protagonizado pelo belga Jacky Ickx (vencedor nesse ano), que, em vez de correr para carro, atravessou a pista a passo.
Este fim-de-semana correm-se as 92ªs 24 Horas de Le Mans, mas não é por isso que falamos aqui da clássica da Resistência. O motivo prende-se com uma efeméride marcante: o fim da partida “ao estilo Le Mans”.
Criada em 1925, na terceira edição da prova, a partida “ao estilo Le Mans” consistia em colocar os automóveis, em espinha, de um lado da pista e os pilotos de outro. Dada a partida, os pilotos corriam para o respectivo volante, arrancando muitas vezes sem a devida preparação.
Ickx, em 1969, depois de atravessar a pista a passo, entrou no seu Ford GT40, sentou-se ao volante, apertou o cinto de segurança, fechou a porta e só depois arrancou.
Ironicamente, poucos minutos depois, um acontecimento deu razão a Ickx.
O britânico John Woolfe, que conduzia um Porsche 917, despistou-se em Maison Blanche e como não tinha colocado o cinto de segurança – há quem diga que, inclusive, não tinha fechado a porta do seu carro –, foi projectado para fora do cockpit, vindo a morrer, vitimado por múltiplas fracturas.
Apesar da tragédia, a corrida continuou e no final quem venceu foi… Ickx, que fez dupla com Jackie Oliver.
Pela margem mínima, uma vez que nas 24 horas o Ford GT40 percorreu (apenas) mais 120 metros do que os segundos classificados, Hans Hermann-Gérard Larrousse, em Porsche 908.
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