Do Dino de Keith Richards aos automóveis (incluindo o Ferrari 275 GTB/4) de Steve McQueen. Tudo serve para valorizar.
Ainda há dias aqui falámos de um Bond Car que será leiloado em Monterey. O mundo dos leilões tem uma predilecção especial por automóveis que tenham um passado ligado a figuras do “show biz”. Daí que surjam nomes como o do Rolling Stone Keith Richards ou o do actor Steve McQueen, o que, associado a bons Clássicos, faz disparar o valor.
É certo que o mais importante é o automóvel, mas ter na sua história um proprietário “ilustre” faz sempre aumentar o valor.
Da infindável lista de automóveis que foram do actor Steve McQueen há dois que vão a leilão este ano em Monterey.
Quase passa despercebido o Allard J2X, de 1951, que Steve McQueen possuiu durante duas décadas e que está integrado no catálogo da Bonhams, com um valor estimado entre os 300 e os 400 mil dólares.
Também de Hollywood para o leilão da Bonhams veio um Apollo GT, de 1965, automóvel que participou no filme “Se o meu carro falasse” (“The Love Bug) e que tem um valor estimado entre 175 e 250 mil dólares.
Nada que se compare (e regressamos a Steve McQueen) ao valor esperado pela RM/Sotheby’s pelo Ferrari 275 GTB/4, carroçado pela Scaglietti em 1967 e que teve como primeiro proprietário o protagonista principal do filme Le Mans: entre cinco e sete milhões de dólares.
Num catálogo que inclui 57(!) modelos fabricados em Maranello, o 275 GTB/4 até está longe de ser o de maior valor – “título” que é detido pelo 250 LM, de 1964, estimado entre 18 e 20 milhões de dólares –, mas, apesar de tudo, pela sua proveniência vale mais um milhão de dólares do que outro modelo idêntico incluído no mesmo catálogo.
Para os 400 a 500 mil dólares do Ferrari Dino 246 GT, também com carroçaria Scaglietti, que foi do guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, também contribui o seu primeiro proprietário.
Utilizado por Richards intensivamente (cerca de 40 mil quilómetros) aquando de digressões no continente europeu, em 1986 o músico vendeu-o para uma colecção japonesa, sendo que mais tarde voltou para a Europa, ao ser comprado por outro músico, Liam Howlett, líder da banda The Prodigy.
Ainda sem sair da música, tendo sido anunciado como fazendo parte da venda, mas entretanto não surgindo no catálogo final de Monterey, deveria estar o Bentley S1 Continental, modelo Drophead Coupé carroçado em 1958 pela Park Ward, que foi propriedade de Jay Kay, líder dos Jamiroquai, e que foi utilizado no videoclipe da música “Love Foolosophy”.
Sem preço anunciado e sem que marque presença em Monterey – continua a estar no Reino Unido –, continua à venda no site da RM/Sotheby’s, para venda privada.
Foto: RM/Sotheby’s
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