Leilão da Dorotheum tem um catálogo variado, a preços para “comuns mortais”.
Quando falamos em leilões internacionais de Clássicos pensamos normalmente nos Estados Unidos, Inglaterra ou França. E, no entanto, o “mundo” não se esgota aí. A prová-lo está o próximo leilão da austríaca Dorotheum, com um catálogo variado… a preços para “comuns mortais”.
Longe do conhecimento da grande maioria dos amantes de Clássicos, o que é verdade é que a Dorotheum é uma das mais antigas casas de leilões do Mundo e a maior de artigos de Arte da Europa Continental.
Fundada em 1707 pelo imperador José I, com sede em Viena, na Dorotheergasse, a centenária casa acabou por criar uma divisão dedicada aos Veículos Clássicos e Automobilia, tendo no sábado o seu próximo leilão.
69 automóveis, duas motos (uma BSA e uma Harley Davidson) e um tractor (Porsche) formam um catálogo onde o automóvel mais valioso, de acordo com o valor estimado, é um Ferrari Testarossa Monospecchio, de 1986, avaliado entre 170 e 200 mil euros.
Segue-se um Porsche 911 Carrera Turbo, de 1977 (estimado entre 165 e 180 mil euros) e três automóveis de fabrico americano: um Cord L29, de 1930, um Cadillac Eldorado Biarritz, de 1956, e um Corvette C1, de 1954. Todos estão avaliados em valores a rondar os 100 mil euros, podendo ser mais baratos um Jaguar XK 120, de 1954, um Porsche 911 Carrera Cabrio, de 1988, e um Renault 5 Turbo 2, de 1985.
É uma incógnita quais serão os preços finais, mas os valores estimados são muito “moderados”, a começar, por exemplo por um Lancia Aurelia B20, de 1954 (entre 80 e 95 mil euros), um BMW 329 Cabriolet, de 1937 (com uma estimativa idêntica ao Aurelia) ou um Mercedes-Benz 170 DA OTP, de 1971, que a leiloeira pensa não ir além dos 70 mil euros.
São muitos os exemplos de estimativas inferiores aos preços que têm vindo a ser praticados, como seja um Porsche 356, de 1965, um Mercedes 230 SL Pagode, de 1964, ou um Audi Quattro, de 1983, todos a menos de 70 mil euros.
Com vários VW Carocha para vender – entre 10 e 24 mil euros –, o que dizer de um MG B, de 1973, com estimativa máxima em 14 mil euros ou um Mercedes-Benz 220 S, de 1956 (o célebre “Matateu”), que não deve custar mais de 12 mil euros?
Foto: Dorotheum
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