250 MM eleito “Best of Show” entre mais de 120 modelos da Ferrari a concurso.
A 32ª edição do Cavallino Classic em Palm Beach serviu este ano para assinalar o Centenário das 24 Horas de Le Mans. No Concurso de Elegância havia, inclusive, uma categoria reservada a modelos que correram em La Sarthe. Mas o título de “Best of Show” foi para um outro modelo, um 250 MM Berlinetta Pininfarina, de 1953.
Entre os mais de 120 modelos apresentados a concurso, o chassis 0258 do 250 MM, propriedade do coleccionador norte-americano Brian Ross, destacou-se entre todos.
Um dos 18 construídos com carroçaria Pininfarina, o modelo dotado de um motor V12 de 2,9 litros, que debita 240 cavalos, foi inicialmente comprado pelo conde Bruno Sterzi, que alinhou nas Mille Miglia, fazendo equipa com Giulio Rovelli, com o número 627 (com o qual se apresentou em Palm Beach).
Não correu bem a experiência – Sterzi foi obrigado a abandonar – e o conde cedeu o Ferrari a Luigi Villoresi, que com ele venceu o G.P. de Monza. O resto da época foi cumprido com Franco Cornacchia ao volante, que alinhou na Coppa d’Oro delle Dolomiti e nas 12 Horas de Pescara.
Em 1956, o Ferrari 250 MM atravessou o Atlântico, ao cuidado de Luigi Chinetti, que o confiou ao piloto Luigi Arents, que com ele alinhou em duas corridas.
De volta às garagens de Chinetti, foi vendido em 1958 e, depois, em 1993, sendo que desde então está na posse do actual proprietário, que com ele tem feito aparições no Cavallino Classic e nas Mille Miglia.
Tendo atribuído também um prémio ao Melhor GT – este ano a um 410 Superamerica, de 1951, modelo que foi carro de exposição no Salão de Paris – o galardão do Cavallino Classic para o Melhor de Le Mans foi atribuído ao chassis nº 1020 do 512 M, de 1971.
Nascido como um 512 S, em 1970, passou todo esse ano sem utilização. Foi em 1971 transformado, pela própria Ferrari, em 512 M e vendido à NART (North American Racing Team), que o fez alinhar em Le Mans, tendo como pilotos Sam Posey e Tony Adamowicz, que terminaram as 24 Horas na terceira posição, apenas batidos pelos Porsche 917K.
Depois veio a ser conduzido por diversos pilotos, alguns deles de nome sonante: Luigi Chinetti Jr, Paul Newman e Graham Hill.
Em 1995, Luigi Chinetti vendeu o 512 M a um privado, o coleccionador Lawrence Auriana, que o mantém até hoje.
Fotos: Cavallino Classic
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