Faleceu o homem que deu ao Mini Cooper S (em 1964) a primeira vitória no Monte Carlo.
Paddy Hopkirk, o piloto que deu à Mini a primeira vitória no Rally de Monte Carlo, em 1964, faleceu ontem em Buckinghamshire, condado do sul de Inglaterra. Contava 89 anos e encontrava-se hospitalizado.
De seu nome completo Patrick Barron Hopkirk, nasceu em Belfast, na Irlanda do Norte, a 14 de Abril de 1933, e fez a sua estreia no Automobilismo ao volante de um VW Carocha.
Começou a carreira em 1953, ao volante do popular modelo alemão, vindo a vencer o Cork 20 Rally de 1956, mítica prova irlandesa, disputada desde 1912 e que deve o seu nome ao facto de originalmente ter a duração de 20 horas.
Nesse mesmo ano deu continuidade à carreira ao volante de um Standard Ten e de um Triumph TR3, até que em 1963 foi recrutado pela British Motor Corporation para guiar, primeiro, os Austin-Healey e, depois, os, então novos, Mini Cooper S.
Fez a sua estreia num Mini oficial na edição de 1963 do Monte Carlo – terminando no sexto posto –, utilizando meses mais tarde pela primeira vez o mítico automóvel com a matrícula 33 EJB no Tour Auto de 1963, que concluiu na sétima posição da Geral, primeiro da classe.
Com o mesmo automóvel, ao qual foi atribuído o nº 37, partiu para a 33ª edição do Monte Carlo com esperança num bom resultado. Terminou, a 21 de Janeiro de 1964, na primeira posição, resultado celebrado nas ruas da Grã-Bretanha e que lhe valeu receber, horas depois, telegramas de felicitações do primeiro-ministro à época, Alec Douglas-Home, e um outro… dos Beatles.
Ao longo de toda a carreira disputou 78 ralis, 13 dos quais terminou com a vitória.
Ganhou ralis como a Coupe des Alpes ou o Acropole e o Circuito da Irlanda por três vezes, as duas primeiras ao volante de um Sunbeam Rapier e a terceira com o Cooper S.
Esteve por muitas vezes em Portugal, primeiro como turista, depois em lua-de-mel e finalmente, em 1968 como piloto. Alinhou à partida da segunda edição do Rali TAP, que terminou na segunda posição, apenas derrotado por Tony Fall, que conduzia um Lancia Fulvia.
Retirou-se da competição em 1970, mas manteve-se sempre ligado ao mundo automóvel, sendo embaixador da Mini, tendo sido eleito presidente do British Racing Drivers Club em 2016, ano em que foi distinguido pela Rainha com o título de Membro do Império Britânico.
Fotos: BMW Press
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