Vitórias repartidas entre lusos e espanhóis

 


Triunfo para Pazó-Campos (Talbot Lotus), entre os Históricos, e Cunha-Cardoso (Subaru Impreza), no Spirit.


Não faltou competitividade ao RallySpirit Altice 2021. Entre os Históricos e os Spirit a competição foi dura, terminando com o triunfo dos espanhóis Pablo Pazó-Ezequiel Campos, em Sunbeam Talbot Lotus, nos Históricos, e dos portugueses Ernesto Cunha-Valter Cardoso, em Subaru Impreza STI, primeiros no Spirit.

Apenas para se ter uma ideia de como foi disputado o RallySpirit, registe-se que no final de sexta-feira a diferença entre os dois primeiros classificados das duas categorias era de apenas 0,1 segundos.

É certo que  com o acumular dos quilómetros as diferenças cresceram e, cumpridas as sete classificativas disputadas ao cronómetro, ficaram definidos os vencedores, num retrato luso-espanhol.

Entre os concorrentes da Categoria Históricos, como dissemos, foi a dupla espanhola Pablo Pazó-Ezequiel Campos a impor a lei, com o Sunbeam Talbot Lotus, inscrevendo o seu nome pela segunda vez no quadro de honra da prova, após o triunfo capitalizado em 2018.

O rápido piloto espanhol venceu todas as especiais da segunda etapa, o suficiente para ascender à liderança na sexta classificativa e daí desalojar a equipa Rui Ribeiro-Pedro Fernandes, em Ford Escort RS MK2.

À chegada a Barcelos, Pazó não podia estar mais satisfeito referindo que “o balanço não pode ser mais positivo, pois não tivemos problemas mecânicos e vencemos uma prova com troços muito bonitos e muito calor humano por parte dos espectadores. O que nos deixa já com vontade de voltar para o próximo ano, para tentar confirmar o ditado de que não há duas, sem três… vitórias!”. 

Conformados com o segundo lugar, Rui Ribeiro-Pedro Fernandes, não tiveram dificuldades em superiorizar-se à dupla Joaquim Costa-José Costa, que completou o pódio, num dos seis Ford Escort que concluíram a prova entre os 10 primeiros classificados. 

Na categoria Spirit, reservada a máquinas com preparação mais liberal, também não faltaram momentos emocionantes, até porque à cabeça da classificação estiveram modelos como o Subaru Impreza STI e o Mitsubishi Lancer EVO VI, trazendo reminiscências do Campeonato do Mundo de Ralis, quando os dois modelos mediam forças.

Em palco nacional, o pêndulo pendeu para o lado do Subaru, com Ernesto Cunha-Valter Cardoso a começarem a desenhar a vitória desde os primeiros quilómetros, mas apenas a confirmá-lo ao longo da derradeira etapa, quando tornaram o Impreza STI inatingível para a concorrência.

Após a sua primeira vitória no RallySpirit Altice, o piloto não escondia o sorriso por detrás da vitória: “Estou muito contente com o triunfo não só porque o Subaru é um carro delicioso de conduzir, mas sobretudo porque a vitória foi obtida num evento maravilhoso e que tem um ambiente e uma moldura humana incríveis”. 

Sem argumentos competitivos para o vencedor, a dupla Armando Costa-Sérgio Rocha acabou por se envolver na lutar com outro Mitsubishi Lancer EVO VI, o de Pedro Leal-Nuno Mota Ribeiro, com ambas as duplas a darem mais um tónico de emoção à parte final da prova e a terminarem separadas por apenas 1,5s. 

Neste contexto, é fácil perceber que, desportivamente, como de forma global, a prova também se revelou um assinalável êxito, como, de resto, confirmou Pedro Ortigão, responsável da X Racing: “O RallySpirit Altice foi, mais uma vez, um êxito, numa edição particularmente difícil de organizar atendendo às circunstâncias que vivemos, mas onde conseguimos colocar na estrada um evento merecedor dos maiores elogios, tanto por parte das equipas como do público, que mais uma vez foram inexcedíveis na paixão que demonstraram pelos ralis e pela prova. Penso que temos condições para evoluir ainda mais, no futuro, tornando o evento num dos melhores Rally-Legends do mundo, quer pela nossa paixão pelos ralis, quer pela forma como acolhemos os participantes”.


Fotos: Rui Correia e João Paulo Martinho


Rui Ribeiro-Pedro Fernandes

Joaquim Costa-José Costa

Ernesto Cunha-Valter Cardoso

Armando Costa-Sérgio Rocha

Pedro Leal-Nuno Mota Ribeiro


Vitórias repartidas entre lusos e espanhóis Vitórias repartidas entre lusos e espanhóis Reviewed by Auto Vintage on 7.6.21 Rating: 5

No comments:

Powered by Blogger.