Os Ferrari de Agnelli no Museu de Modena

 

Exposição “A Elegância do Mito” reune os automóveis únicos do inesquecível patrão da Fiat.

Gianni Agnelli, também conhecido com “L’Avvocato”, será para sempre lembrado como o dono e senhor da Fiat. Se fosse vivo teria completado cem anos na passada sexta-feira. Para celebrar a sua vida e o seu bom gosto, o Museum Enzo Ferrari reuniu em Modena os modelos únicos que a marca de Maranello construiu para Agnelli.

Sob o título “Gianni Agnelli e a Ferrari, a Elegância do Mito”, no museu de Modena encontram-se agora automóveis únicos, que Agnelli foi reunindo ao longo de décadas e que testemunham uma relação de muitos anos entre o empresário e o próprio Enzo Ferrari, inicialmente como um cliente fiel e depois como um confidente e parceiro próximo.

O mais antigo dos automóveis agora reunidos em Modena é um Ferrari 166 MM, de 1948, pelo qual Agnelli se apaixonou, logo que o viu, no Salão de Turim.

Sempre com acabamentos a pedido de um cliente tão especial, lá está também um Ferrari 212 Inter, de 1952, assim como um 375 America, de 1955, desenhado por Battista “Pinin” Farina.

De 1959 é o 400 Superamerica – também com carroçaria especial, criação da Pininfarina – e, de 1966, o 365 P Speciale. Ambos bem mais antigos do que o Testarrossa, de 1984. Não um Testarrossa qualquer, mas na sua versão Spider, como o desejou o “Avvocato” e o realizou a Pininfarina.

Nesta exposição não poderia faltar outro ícone inovador, o Ferrari F40, de 1989, com interiores em negro (algo incomum no modelo) e uma embraiagem eletrónica da Valeo.

Em 2000, três anos antes do falecimento, Gianni Agnelli encomendou novamente à Pininfarina uma produção extremamente única: um Barchetta, desta vez tendo o 360 Spider como base. O veículo foi um presente de Luca di Montezemolo, então presidente da Ferrari.

A exposição termina com o Fórmula 1 de 2003, que a Scuderia apresentou a 7 de Fevereiro de 2003, dedicando-o, então, a Agnelli, falecido a 24 de Janeiro desse mesmo ano.

Esse foi um gesto sincero da Ferrari, em memória de um inesquecível parceiro, cliente e um companheiro refinado, discreto e decisivo na longa jornada da Ferrari.

Tal como a exposição agora montada, que de momento, devido às limitações originadas pela pandemia, não pode ser visitada fisicamente.

Mas poderá ser vista, até ao dia 1 de Abril, em modo virtual, a partir do site do Museu.

Foto: Museum Enzo Ferrari