Nada ficou por vender dos "Renault Icons"

Leilão da Artcurial movimentou quase 12 milhões de euros.

Era um dos leilões mais aguardados do ano e correspondeu integralmente ao que dele se esperava. O “The Renault Icons”, promovido pela Artcurial, terminou com a venda de todos os lotes, por um total que se aproximou dos 12 milhões de euros.

Fossem carros de Fórmula 1, que até venceram no “Mundial”, ou “simples” maquetes à escala de novos modelos. Fossem modelos do início do Século XX ou motores de F. 1, havia de tudo um pouco no leilão que aqui (https://www.auto-vintage.net/2025/11/renault-leva-leilao-restos-de-coleccao.html) anunciámos há umas semanas.

E no final, após seis horas e meia de licitações, tudo foi vendido…

Com 180 lotes, a maioria automóveis (completos ou quase), todos foram vendidos, com lances que, em média, superaram significativamente as expectativas. Alguns lances chegaram a nove vezes o valor estimado e três carros ultrapassaram a marca de um milhão de euros.

Os “campeões” da venda foram, como esperado, o Williams-Renault FW19, de 1997, chassis de reserva de Gilles Villeneuve durante boa parte da temporada e que foi usado por Heinz-Harald Frentzen em Interlagos. Último carro de Adrian Newey na Williams, está em excelente estado e por isso foi estimado entre 800 mil e 1,2 milhão de euros, acabando vendido por 1.312.400.

Seguiu-se o Renault-Alpine A442, que competiu no “Mundial” de Sport-Protótipos de 1975, terminando no segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans de 1977 (com a tripla Arnoux-Pirono-Fréquelin). A precisar de restauro e avaliado entre 250 e 500 mil euros, superou todas as expectativas, sendo vendido por 1.278.080 euros.

Completou o “pódio” o F. 1 RE40-03, de 1983,  com o qual Alain Prost venceu em Spa e rubricou o tempo que lhe deu a “pole” no Mónaco. Estava anunciado como tendo o motor incompleto e avaliado entre 500 e 800 mil euros, mas a licitação só terminou em 1.198.000.

Empenhada em abrir o seu novo museu em 2027 – precisamente em Flins, nos arredores de Paris, onde decorreu o leilão –, a Renault começou a arrecadar (bons) fundos para realizar o seu sonho.

Foto: Artcurial