Pepita, Tartan e Pascha: Porsche “ajuda” restauros

Fabricante alemão retoma fabrico de tecidos icónicos de modelos históricos.

Durante muito tempo foram uma dor de cabeça para quem empreendia um restauro. Os padrões Pepita, Tartan e Pascha, utilizados desde os 356 até aos 911, voltam a estar disponíveis, sendo comercializados pela própria Porsche.

Dos três padrões que agora voltam a ser fabricados e comercializados  pela Porsche – disponíveis por encomenda, no formato de 1,5 por 2 metros, junto dos Centros Porsche ou na loja online da marca – o mais antigo é o Pepita.

Composto por quadrados ligados por listas diagonais, deve o seu nome à bailarina espanhola do Século XIX Josefa Durán y Ortega, conhecida como "Pepita de Oliva”. Foi popularizado, logo após o final da Guerra (1947), por Christian Dior, vindo a ser utilizado pela Porsche a partir de 1963, como opcional para os bancos do Porsche 356 e, dois anos depois, para o 911.

Já o padrão Tartan surgiu na Porsche em 1974, em três versões distintas, exclusivamente para o 911 Turbo.

O padrão quadriculado é obtido através da tecelagem com fios de cores diferentes. A primeira aparição do Tartan, em tons de verde e azul, foi no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt (IAA) de 1973, quando foi apresentado um protótipo do 911 RSR Turbo com os centros dos assentos e painéis laterais em Tartan Black Watch.

Um ano mais tarde, o 911 Turbo nº1, oferecido a Louise Piëch, tinha o interior em tons de vermelho, sendo os centros dos assentos em McLaughlan Tartan, encarnado  e azul.

Por fim, o padrão Pasha, inspirado na bandeira quadriculada do final das corridas, foi criado para prestar homenagem ao mundo do Automobilismo.

O padrão foi apresentado ao público pela primeira vez num 928, em 1977, no sul da França, e posteriormente disponibilizado para os modelos 911, 924 e 944.

O nome "Pasha" foi escolhido como evocação da imagem dos sultões otomanos relaxando em confortáveis almofadas de seda e veludo.

Todos estes padrões "vintage”, que agora voltam a ser comercializados pela marca, cumprem os requisitos de qualidade em relação ao toque, durabilidade e precisão dos padrões e combinações de cores.

Antes de serem anunciados, passaram por uma série de testes (resistência ao fogo e à abrasão, solidez da cor, etc.) e, portanto, são perfeitamente adequados para diversas aplicações no interior dos Clássicos que os tiveram na origem (capas de assentos ou painéis laterais).

Para relançar estes novos padrões, a Porsche não só consultou os seus arquivos como também adquiriu peças raras, como, por exemplo, um assento intacto de um 911, datado de 1975 e revestido em Tartan verde e azul, peça que foi encontrada nos Estados Unidos, sem que nunca tenha sido instalada num automóvel.

“Ao relançar estes tecidos, estamos a preencher uma lacuna, já que a maioria dos clientes deseja restaurar os seus Clássicos o mais próximo possível da sua condição original”, explica Ulrike Lutz, chefe da divisão Classic da Porsche. “Era essencial para nós, dentro do âmbito deste projecto, manter o nosso compromisso com a qualidade dos tecidos. Infelizmente, muitas imitações estão disponíveis no mercado, muitas completamente inadequadas para servirem como tecido para estofar e que se deterioram rapidamente. É por isso que queremos oferecer aos nossos clientes uma alternativa original e comprovada”.


Foto: Porsche Newsroom

Pepita, Tartan e Pascha: Porsche “ajuda” restauros Pepita, Tartan e Pascha: Porsche “ajuda” restauros Reviewed by Auto Vintage on 3.12.25 Rating: 5

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