Génio veio ao mundo a 3 de Setembro de 1875.
Tem hoje o seu apelido como nome de uma das mais prestigiadas marcas de automóveis, mas a vida de Ferdinand Porsche foi muito mais além disso. O génio visionário nasceu faz hoje 150 anos.
Nascido a 3 de Setembro de 1875, no pequeno bairro de Vratislavice nad Nisou, na cidade de Liberec,– então Império Austro-Húngaro, hoje Chéquia –, filho do canalizador Anton Porsche (cuja casa foi recuperada pela Skoda), desde jovem Ferdinand Porsche deu mostras do seu génio.
Interessando-se por tecnologia, aos 18 anos abandonou a terra de nascimento e mudou-se para Viena, onde estudou, ao mesmo tempo que trabalhava como aprendiz na empresa de engenharia eléctrica Béla Egger & Co..
Reconhecido o seu talento, ainda na mesma empresa foi integrado no departamento de investigação da empresa, onde criou um motor eléctrico que viria a ser utilizado no primeiro automóvel ligado a Ferdinand Porsche, o Lohner C2, de 1898.
Em 1906, apenas com 31 anos, Ferdinand Porsche abandonou a Lohner, para assumir a direcção técnica da Austro-Daimler.
Já nos anos 20, quando a Daimler e a Benz se tinham fundido, passando a produzir os Mercedes-Benz, Ferdinand Porsche esteve ligado à criação e desenvolvimento de diversos modelos de competição.
Por não ver aprovados todos os seu projectos, em 1931 decidiu passar a trabalhar por conta própria, criando um gabinete, com sede em Estugarda.
Começaria a actividade do seu gabinete com a Wanderer – marca que viria no ano seguinte a ser englobada na Auto Union –, desenvolvendo o projecto Porsche Typ 7, que daria origem aos Wanderer W21-22.
Menos de dois anos depois, o gabinete de Porsche desenvolveria o seu projecto nº 22, que correspondeu ao Auto Union Typ C, o carro criado para fazer frente aos “Flechas de Prata” da Mercedes-Benz.
Em 1934 o gabinete de Porsche recebeu a encomenda do Reich de desenvolver o deveria ser “o automóvel do povo”, o Volkswagen, modelo que viria a ser apresentado em 1939, como KdF Wagen.
Com aquele projecto a ter o código interno de Porsche Typ 60, em 1938 o gabinete de Ferdinand Porsche recebeu uma encomenda da Volkswagen para desenvolver um carro de corrida baseado no Typ 60.
O objectivo era competir numa corrida de longa distância, que ligaria Berlim a Roma.
Com a designação interna de Typ 64, os engenheiros da Porsche desenvolveram três coupés de corrida, com carroçaria aerodinâmica de alumínio, rodas cobertas e um motor boxer Volkswagen modificado.
Já depois de terminada a Guerra, o primeiro grande pedido ao Gabinete Porsche veio da empresa italiana Cisitalia. O resultado, foi o carro de corrida Typ 360, concluído em 1947, que apresentava diversas soluções inovadoras, como um chassis de última geração, com braços de controle longitudinais duplos na frente e um eixo de suspensão independente e duas juntas homocinéticas na parte traseira, bem como tracção nas quatro rodas.
Encomendado por Piero Dusio, o patrão da Cisitalia, o Typ 360 nunca chegou a correr, mas a Porsche recebeu pelo seus serviços.
Foi, aliás, com esse dinheiro, que a família pagou a libertação de Ferdinand Porsche, que após a Guerra tinha sido levado para uma prisão em Dijon.
Só assim foi possível, em 1948, na cidade austríaca de Gmünd, a Porsche, enquanto construtor, ter começado a ter existência própria.
Já depois de ter transferido a sua empresa para Estugarda (em 1950), foi nessa cidade que veio a falecer, a 30 de Janeiro de 1951.
Foto: Skoda Media

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