Vendas por valores muito elevados, mas muitos milhões “desviados” para os chamados “neo-clássicos” contemporâneos.
Ao ser arrematado por 25.305.000 dólares, o Ferrari 250 GT SWB California Spider Competizione, leiloado pela Gooding/Christie’s, foi o Clássico mais caro dos leilões de Monterey. Mas foi batido por outro Ferrari, o contemporâneo Daytona SP3 “Tailor Made”, vendido pela RM/Sotheby’s por 26 milhões de dólares.
Foi este o traço comum aos cinco leilões de Monterey: os bons preços alcançados pelos Clássicos foram “escondidos” pelos muitos milhões pagos por super-carros actuais.
Mas, como aqui centramos as nossas atenções apenas nos mais antigos, registe-se que os preços praticados em Monterey foram em regra mais elevados do que em anos anteriores – veja-se o que aconteceu aos vários Mercedes-Benz 300 SL, distribuídos por vários catálogos –, confirmando que o mercado (pelo menos para os milionários) continua em alta.
Se na RM/Sotheby’s, como já dissemos, o mais valioso foi um automóvel de 2025, o segundo mais caro, já um Clássico, foi o Ferrari F40 LM by Michelotto, que mudou de mãos por 11.005.000 dólares, cerca de dois milhões mais do que a estimativa máxima anunciada.
Já na venda da Gooding/Christie’s, como referimos, foi o Ferrari de 1961, sendo que os modelos de Maranello dominaram aquele que era o leilão oficial da Semana de Monterey, no qual se venderam 83% dos automóveis propostos, por um valor total de 185 milhões de dólares.
Com um catálogo bem mais pequeno, a Bonhams, com a sua venda no The Quail Lodge, também saiu satisfeita, não só com os 44 milhões movimentados como pelo facto de ter vendido 87% dos veículos propostos.
Mas, também aqui, o maior peso no total das vendas veio de modelos actuais (com os Bugatti a liderar), sendo que o Clássico mais caro (mas apenas o décimo da tabela) foi o Audi Sport Quattro S1 E2s, vendido por 1.765.000 dólares, praticamente a estimativa mínima.
Já na Broad Arrow, entre os Clássicos, um Ferrari 275 GTB/4 Coupe, de 1967, e os Mercedes-Benz 300 SL venderam bem, mas foram todos batidos por um Maserati MC12 Stradale, de 2005, que ultrapassou os cinco milhões.
Por último, neste primeiro balanço sobre todos os leilões, também a Mecum saiu de Monterey com motivos para sorrir, com sete Clássicos a ultrapassar o milhão de dólares, tendo sido o mais valioso um Ferrari 365 GTS/4 Daytona Spider, vendido por 2,2 milhões.
Foto: Gooding/Christie’s

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