“Concept” nunca chegou à fase de produção, devido à crise petrolífera.
Março era tradicionalmente o mês do Salão Automóvel de Genebra e, em consequência, são muitas as efemérides que se registam por estes dias. É um bom motivos para lembrarmos os 50 anos do Opel Genève, o “concept” de um desportivo que nunca chegou à fase de produção.
Diz a Opel que é “arrojado, puro e único. Visionário, mesmo”. Passados 50 anos, concordamos com as afirmações.
Em 1975, o Opel Genève foi uma das principais atrações do certame suíço. Com ele, o Departamento de Design da marca germânica demonstrava, mais uma vez, a sua capacidade
visionária, já estabelecida dez anos antes com o Experimental GT.
Embora este último tenha passado, rapidamente, para a produção em série, a mesma sorte não veio a ter o Genève.
Apesar da popularidade, este modelo de dois lugares com os seus faróis escamoteáveis, tão típicos dos “concept-cars” da Opel na altura, nunca viria a ser produzido em série.
Para compreender a decisão é necessário recuar até ao início da década de 1970, altura em que o Opel Genève estava a ser planeado como GT-W, denominação provisória de um coupé de proporções incomparáveis, projectado em Rüsselsheim, em 1972.
O esguio desportivo de dois lugares, deveria contar com um motor central rotativo Wankel, de dois rotores, explicação da designação GT-W original do modelo. Mas, fruto da crise petrolífera, que entretanto eclodiu, o projecto do motor de pistão rotativo viria a ser interrompido em 1974.
Apesar disso, a Opel decidiu manter vivo o Opel GT-W, embora com modificações e sob a nova denominação Opel Genève, escolhida para corresponder ao local da sua primeira aparição pública.
Pode dizer-se que teve um impacto de ouro, até porque o “concept” surgiu pintado nessa cor. A publicação “Automobil Revue” escreveu, na altura, que em Geneve “o coupé da Opel, leve e elegante, gira numa plataforma elevatória, servindo, assim, de atractivo para os visitantes. A frente e a traseira são cónicas, com para-choques integrados. Todas as superfícies vidradas, incluindo as laterais, são fortemente encurvadas”.
Tudo isto foi o resultado da equipa de Design Avançado da Opel, liderada por Erhard Schnell, que construiu o Opel Genève em fibra de vidro, dando-lhe um estilo que atraiu olhares de admiração muito para além do certame automóvel de há 50 anos.
Foto: Opel Media

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