Dois leilões à altura do prestígio do Mónaco

RM/Sotheby’s e Bonhams com vendas no Principado este fim-de-semana.

Este fim-de-semana realiza-se a 13ª edição do G. P. Monaco Historique. As oito grelhas que ali serão formadas são motivo de sobra para ir até ao Principado. Assim o pensaram também duas das maiores leiloeiras do mundo, a RM/Sotheby’s e a Bonhams, que ali realizarão leilões à altura do prestígio do Mónaco.

Embora com abordagens diferentes, os catálogos das duas leiloeiras são reuniões de sonho.

Pela mão da RM/Sotheby’s serão levados até ao Grimaldi Fórum modelos de competição, como os Fórmula 1 Ferrari 640, de 1989, ou o Williams FW14, de 1991 (vindos da colecção particular de Nigel Mansell), mas também um Jaguar XJR-9, de 1988 (vencedor das 24 Horas de Daytona de 1990), ou um Alfa Romeo Tipo 33/3 Sports Racer, de 1969, construído pela Autodelta.

Mas também modelos de estrada, como um Lamborghini Miura SV, de 1971, um Iso Grifo A3/C, de 1965, ou um Ferrari 340 MM Spider, carroçaria Vignale, de 1953 (a última das dez unidades produzidas).

Na venda da Bonhams, que terá como palco o Hotel Fairmont, num leilão intitulado “Les Grandes Marques à Monaco”, são também vários os modelos com valor estimado em mais do que um milhão.

A começar por um Bugatti Type 35 B, de 1927 (chassis nº 4888), proveniente dos Países Baixos, com uma história completamente documentada, e um Bugatti Type 37, de 1929, que teve o mesmo proprietário durante 63 anos.

Da Ferrari vêm outros destaques, como um 212 Inter Cabriolet, de 1951, com carroçaria Vignale – com um valor estimado em cerca de dois milhões de euros –, ou um 275 GTS, de 1975, em tempos propriedade de Jean-Pierre Beltoise, vencedor do G. P. do Mónaco de 1972.

Os Porsche mais raros são um 959 Komfort, de 1988 – inicialmente vendido para o Qatar, sendo um dos 292 exemplares fabricados – e um 911 GT2, de 1997, que na versão de estrada só teve 57 unidades produzidas.

Tudo isto sem esquecer um Mercedes-Benz 300 SL Roadster (mais um a prometer valer mais do que um milhão) e um dos dois Jaguar E em catálogo: aquele que Steve McQueen ofereceu ao cozinheiro que assegurou a alimentação de todo o staff do filme Le Mans – Alfred 'Fredy' Zurbrügg, que é quem está a vendar o automóvel –, como forma de agradecimento pelos seus serviços.

Foto: RM/Sotheby’s