A história (só agora contada) da venda por 135 milhões

Mercedes e RM/Sotheby’s acabam de confirmar o leilão do 300 SLR Uhlenhaut Coupé. Produto da venda destina-se à criação de um fundo para a Educação.

O rumor corria há vários dias. Mas era apenas um rumor. Há poucos minutos dissiparam-se as dúvidas: a Mercedes-Benz e a RM/Sotheby’s anunciaram em simultâneo que foi leiloado, por 135 milhões de euros, um dos dois 300 SLR Uhlenhaut Coupé.

Sem darem muitos detalhes sobre a venda, confirma-se que o leilão teve lugar no próprio Mercedes-Benz Museum, no passado dia 5, perante uma plateia de convidados e muitos compradores ao telefone, sendo que o comprador se encontrava presente na sala.

Ambas as entidades envolvidas confirmam o valor de venda (os referidos 135 milhões de euros) e anunciam que o produto da venda se destina à criação do “Mercedes-Benz Fund”, entidade destinada a promover a Educação e a criação de bolsas de estudo, para jovens, na área ambiental.

Uma das novidades da notícia agora divulgada é o envolvimento da RM/Sotheby’s (pensava-se que a venda, a ter acontecido, tinha sido organizada somente pela própria Mercedes) e o facto de que o montante pago pelo mítico 300 SLR não só faz dele o automóvel mais caro de sempre como o coloca como umas das 10 maiores vendas em leilão em qualquer categoria, da Arte às pedras preciosas.

Até hoje, pelo que se sabia, o automóvel mais caro era um Ferrari 250 GTO, vendido por 70 milhões de euros.

O automóvel agora vendido, de que foram fabricados apenas dois exemplares, pertencia ao Mercedes-Benz Museum, que continua a deter a outra unidade.

Dos nove 300 SLR fabricados pela Mercedes, tendo em vista disputar o Campeonato do Mundo de 1955 – do qual a marca se retirou após a tragédia de Le Mans, nesse mesmo ano – dois foram convertidos em Coupé, com as icónicas portas Gullwing, similares ao 300SL, mas com uma carroçaria mais aerodinâmica.

A ideia era produzir uma pequena quantidade destes automóveis, conhecidos hoje por 300 SLR Uhlenhaut Coupé, para competir na Carrera Panamericana, mas o projecto foi cancelado, acabando por só terem sido fabricadas duas unidades.

Um desses automóveis foi utilizado como veículo de uso diário de Rudolf Uhlenhaut, designer e chefe de desporto motorizado da Mercedes-Benz. Daí o nome dado a estes exemplares.

Aproveite para ver o vídeo da RM/Sotheby’s (apenas do que nos querem mostrar a leiloeira e a Mercedes) da noite do histórico leilão.








Foto: Mercedes-Benz Group Media

A história (só agora contada) da venda por 135 milhões A história (só agora contada) da venda por 135 milhões Reviewed by Auto Vintage on 19.5.22 Rating: 5

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