Pininfarina: 90 anos a desenhar sonhos

Criadora de modelos automóveis únicos, o traço da casa italiana chega hoje até à construção civil.

Hoje deveria ter sido um dia de festa no nº 30 da Via Nazionale, em Turim. Deveria, mas, pelos motivos que todos sabemos, não o foi. Apesar disso, a Pininfarina não deixou passar a data em banco. É que faz hoje 90 anos que Giovanni Battista “Pinin” Farina fundou os estúdio com o seu nome.

Então com sede no 107 do Corso Trapani, chamou-lhe, segundo a escritura lavrada a 20 de Maio de 1930, Carrozzeria Pinin Farina (só mais tarde se deu a junção, dando origem à denominação Pininfarina), sendo que “Pinin”, em piemontez, quer dizer “pequeno”, algo adequado ao segundo mais novo de 11 irmãos.

A oficina começou por ter um carácter artesanal, estudando e fabricando carroçarias especiais, mas, ao fim de poucos anos, já era uma indústria com instalações, equipamentos e pessoal que lhe permitiam a montagem de séries de sete a oito viaturas por dia.

Terminada a Guerra – durante a qual a empresa fabricou autocarros, ambulâncias e veículos para o exército –, a Pininfarina começou a colaborar com construtores de todo o mundo, na concepção do design de novos modelos ou na criação de veículos de séries especiais.

Cisitalia, Ferrari, Maserati, Fiat, Alfa Romeo e Lancia – todos italianos – foram naturalmente clientes da casa, mas o traço da Pininfarina também está intimamente ligado a marcas como a Peugeot, a Austin, a General Motors, a Mitsubishi, a Volvo e a Daewoo, sendo que a lista poderia ser muito mais alargada.

À frente da empresa, depois de Batista Pinin Farina, sucedeu o seu filho Sergio e a este Andrea, neto de Battista.

Desde 2008 é o irmão de Andrea, Paolo Pininfarina quem lidera os destinos da casa, que hoje continua dedicada ao design, mas não se limitando ao mundo automóvel, chegando a sua actividade a áreas tão diversas como a náutica, a aviação, os acessórios de moda e, até, a construção de edifícios únicos.

Foto: Pininfarina