PêQuêPê (1949-2018)

Faleceu um dos mais eclécticos pilotos nacionais, campeão nacional em 87 e 88.

Faleceu Pedro Queiroz Pereira, conhecido na competição automobilística como PêQuêPê, acrónimo formado pelas iniciais do seu nome – à semelhança do seu irmão, MêQuêPê, Manuel Queiroz Pereira, também já desaparecido. Campeão Nacional  de Velocidade - Grupo Turismo, nos anos 1987 e 1988, foi bastante vasta a carreira deste piloto, que entretanto ficou também conhecido como grande empresário.

Foi muito para além (o que já não seria pouco) dos dois títulos nacionais de Turismo a carreira de PêQuêPê, que, ao contrário do que tem sido escrito e dito após a sua morte, não começou a correr no Brasil, onde residiu de 1975 a 1987.

Antes dessas datas já as corridas tinham entrado na sua vida, na Velocidade (em Portugal e em Angola, para onde foi mobilizado em 1972) e nos Ralis, vertente da sua carreira normalmente esquecida (estreou-se no Rali das Camélias de 1972, navegado por Portela de Morais, com um Opel 1904 SR.

Nunca tendo vencido nenhum Rali (o melhor resultado foi o segundo lugar na Volta a Portugal de 1984, com um Citroën Visa Chrono, navegado por Reis Thomaz). foi nas pistas que obteve os maiores êxitos.

Ainda antes da Revolução, em 1973, com um Chevrolet Camaro Z28, inscrito pelo Team Mocar Angola, venceu a corrida de Turismo do Circuito de Vila Real, batendo Ernesto Neves.

Mudando-se para o Brasil em 1975, ai deu continuidade à carreira automobilística, em modalidades tão diversas como os Stock Cars ou a Fórmula 2.

Vindo a Portugal regularmente para disputar provas, de circuito ou de estrada (participou por seis vezes no Rali de Portugal, a primeira das quais o mesmo ainda se denominava Rali Internacional TAP), nas temporadas de 1987 e de 1988, com um BMW M3 conseguiu os seus títulos nacionais.

Sendo um apaixonado pela competição e pela condução, alinhou em diversos troféus monomarca, com modelos tão diferentes como o MG Metro, o Toyota Starlet, o Toyota Corolla e o Citroën Visa.