Faleceu o antigo piloto de F.1, figura marcante do automobilismo italiano até ao fim da vida.
Faleceu Andrea De Adamich, o piloto italiano que, no final dos anos 60 e o início dos 70, competiu na Fórmula 1. Afastado da disciplina maior do Automobilismo devido a um acidente em Silverstone, De Adamich manteve-se até ao final da sua vida como uma figura marcante do Automobilismo italiano.
Nascido em Trieste, a 3 de Outubro de 1941, com apenas 21 anos começou a competir. Primeiro em provas de rampa (ao volante de um Triumph TR3), depois na Fórmula Junior e, em 1965, na F. 3, na qual averbou o seu primeiro título: campeão italiano.
Criando uma ligação à Alfa Romeo, que manteria até ao fim da vida, nos anos seguintes foi duas vezes campeão europeu de Turismo, ao volante dos Alfa (Giulia TI Super, Giulia TZ e Giulia Sprint GTA) da Autodelta.
Sem nunca quebrar a sua ligação à marca de Arese, Andrea De Adamich chegou, no entanto, à F. 1 pela mão da… Ferrari. Em 1968, na África do Sul, alinhou com um dos carros de Maranello, experiência que repetiu semanas mais tarde na Corrida dos Campeões (extra-Campeonato), mas que terminou com um grave acidente, que o afastou da Ferrari e das pistas.
Após uma longa recuperação, regressou às pistas, reforçando a sua ligação à Alfa Romeo.
Não só passou a fazer parte da equipa oficial no Mundial de Sport-Protótipos com levou para o Circo o motor V8 da Alfa, que foi montado num McLaren.
Disputou em 1970 quatro grandes prémios (não se qualificou em outros cinco) e na época seguinte, levando consigo o motor da Alfa Romeo, mudou-se para a March. Sete grandes prémios disputados e, mais uma vez, nenhum ponto somado.
Em 1972 chegou à Surtees, (com motor Ford Cosworth), pela qual somou os seus primeiros três pontos, correspondentes ao quarto lugar no Grande Prémio de Espanha.
Já na Brabham, em 1973, somaria outro quarto lugar, no G.P. da Bélgica. Dois meses mais tarde, em Silverstone, viria a ser a principal vítima de um acidente, causado por Jody Scheckter, e que envolveu vários carros.
De Adamich ficou dentro dos destroços do Brabham durante quase uma hora, sendo retirado para o hospital com múltiplas fracturas nas pernas.
Terminou aí a sua passagem pela F. 1 e quase a sua carreia de piloto, prolongada apenas por mais seis provas do “Mundial” de Sport-Protótipos de 1974, com o Alfa Romeo T33/TT/12, e, por fim, com uma participação no Giro d’Itália desse mesmo ano, ao volante de um Alfa Romeo GTV.
De Adamich tornou-se então uma figura televisiva, ao ser o principal comentador do programa “Grand Prix”, no canal Italia 1.
Anos mais tarde, como dirigente da N. Technology, preparadora de modelos da Alfa Romeo, contribuiu para a conquista de sete títulos europeus e cinco italianos no WTCC.
A última “aventura” de Andrea De Adamich foi a criação de um centro para o ensino da condução defensiva, um dos motivos que esteve na base de ter recebido, em 2022, o título de Commendatore da Ordem do Mérito da República Italiana.
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