Calor e competitividade marcaram as 500 Milhas

Dupla Luís Miguel Garcia-João Serôdio (Ford Granada) foi a menos penalizada das 50 que chegaram ao fim da prova do ACP-Clássicos.

O intenso calor – em algumas regiões, temperaturas superiores aos 40 graus – marcou a edição deste ano das 500 Milhas ACP. Ao final, em Vila Real, só chegaram 50 dos 60 automóveis que partiram de Olhão. De entre eles, os menos penalizados foram Luís Miguel Garcia-João Serôdio, em Ford Granada 2300 Coupé, de 1973.

Para além do calor, também a competitividade marcou a edição deste ano (a 20ª) da “clássica” da Regularidade nacional.

Oficialmente sem uma classificação geral, as vitórias nas três categorias foram discutidas ao segundo e com várias alternâncias na liderança ao longo do percurso.
Com um Jaguar Mark II, de 1960, a dupla Frederico Valsassina-Vasco Mendes assegurou o triunfo na Categoria E, reservada a automóveis produzidos entre 1951 e 1960. A cerca de meio minuto, nos restantes lugares do pódio, terminaram as equipas Álvaro Serrão-Berta Rocha, em MG A, de 1959, e Manuel Franco de Sousa-Eduardo Franco de Sousa, em carro idêntico.
Depois dos 700 quilómetros da prova, feitos durante cerca de 16 horas, a vitória na Categoria F (automóveis produzidos entre os anos 61 e 70) foi decidida por apenas oito décimos de segundo.

Triunfo da dupla Rodolfo Serrano-Andreia Serrano, com um Volkswagen Buggy, de 1968, precedendo José Manuel Matos-Rui Martins, com um Volvo 144 S, de 1968, e de David Pereira Coutinho-David Velez, em Morris Mini Cooper S, de 1967, que ficaram a 6,9 segundos dos vencedores.
Na Categoria G (automóveis entre 1971 e 1980), a equipa Luís Miguel Garcia-João Serôdio, com um Ford Granada 2300 Coupé, de 1973, levou de vencida a dupla Gonçalo Ribeiro Pinto-António Leal Machado, em BMW 3.0 CSi, de 1973. Uma vitória conseguida por apenas 3,5 segundos, enquanto que Bruno Camões e Vasconcelos-António Caldeira, com um Porsche 911, de 1974, asseguraram o derradeiro lugar do pódio.
A edição de 2025 das 500 Milhas ACP ficou ainda marcada pela formalização de um protocolo entre o ACP-Clássicos e a Associação de Municípios da EN2, reforçando o papel do evento na promoção do património rodoviário, cultural e turístico das regiões atravessadas.

Fotos de Rui Correia e João Paulo Martinho