Clássicos britânicos a sair agora da fábrica

Concluído o primeiro (de uma série de 12) Bentley Speed Six. Entregues dois novos Jaguar E-Type, feitos por encomenda.

A pedido de um cliente asiático, a Jaguar acaba de entregar dois E-Type, fabricados agora, 50 anos depois de ter terminado, em 1974, a produção em série. A Bentley, por seu lado, anunciou a conclusão da construção do primeiro Speed Six, de uma série de 12.

Sabendo-se como os britânicos sabem aproveitar como mais ninguém o mercado dos Clássicos, as marcas da Velha Albion não ficam atrás e apostam na construção de novas unidades de modelos Clássicos.

Assim, acaba de acontecer com a Bentley, que anunciou a conclusão do primeiro dos Speed Six, com as mesmas especificações do vencedor de Le Mans de 1930.

Baptizado de Speed Six Continuation Series, o programa da Bentley prevê o fabrico de uma dúzia desses automóveis lendários, construídos do zero com exactamente as mesmas especificações visuais e mecânicas de há quase um século atrás.

Não se trata, portanto, de uma recriação moderna ou de uma réplica. É sim voltar a fabricar um automóvel cuja produção foi interrompida em 1930.

Esse primeiro exemplar levou cerca de oito meses para ficar pronto e vai ser entregue ao coleccionador norte-americano John Breslow.

O fabrico da carroçaria ficou a cargo da Mulliner – a divisão de carroçarias especiais da Bentley – e foi pintada na cor verde clássica dos bólides britânicos, idêntica à da época, denominada “Napier Green”.

Diferente é, entretanto, a história da construção dos dois novos Jaguar E-Type, que não resultaram de um plano da marca, mas antes da encomenda de um “especial” cliente do Sudoeste Asiático.

Ao contrário dos anteriores modelos restaurados pela Jaguar Classic, estes dois exemplares foram feitos de raiz a partir dos planos da época do Serie III.

Após cerca de duas mil horas de trabalho em cada um, incorporando acabamentos exclusivos – por exemplo, o interior acolhe elementos em alumínio anodizado com detalhes em madrepérola, prata maciça e ouro de 18 quilates no centro do volante, no rádio e nos botões do tabliet –, os dois novos E-Type beneficiam de tecnologias modernas (discretamente integradas…), como o pára-brisas aquecido, o ar condicionado e um auto-rádio com Bluetooth.

Mecanicamente, os dois exemplares estão dotados do motor tradicional de 3,8 litros, “actualizado” com um sistema de injecção electrónica, sendo que o desempenho foi mantido idêntico ao que se registava há mais de 50 anos, com 265 cavalos.

O chassis, a suspensão e os travões também foram “retocados”, para garantir uma condução mais suave, havendo ainda outra modernidade: uma caixa de cinco velocidades, em vez da original de quatro.

Segundo a Jaguar, esta foi uma fabricação única, não estando prevista a construção de mais nenhum exemplar.