Não houve compradores para os Ferrari de milhões

Artcurial vendeu na Rétromobile 75% do catálogo, mas as “estrelas” ficaram em casa.

O leilão da Artcurial na Rétromobile 2024 movimentou 17,8 milhões de euros, resultantes da venda de 75% do catálogo. Houve alguns resultados interessantes, mas também desilusões, com os Ferrari mais caros a ficarem sem comprador.

A “estrela” do catálogo da Artcurial para o leilão oficial da Rétromobile era o Ferrari 250 GT California Spyder LWB, de 1958, que estava estimado entre 8,5 e 11,5 milhões de euros.

Um automóvel restaurado, com um histórico completamente conhecido, mas que viu a sua licitação parar nos 7,8 milhões de euros.

Ficou sem comprador, com também aconteceu com o 250 GT Lusso Berlinetta, de 1964, estimado entre 1,6 e 2 milhões de euros, com o 250 GT Cabrio Pininfarina Série 2, de 1962, estimado entre 1,6 e 1,8 milhões de euros, e ainda com o 365 GTC, de 1968, estimado entre 450.000 e 650.000 euros.

Com os dois Mercedes-Benz 300 SL do leilão a terem sortes diferente – o Gullwing foi vendido, por 1.427.440 euros e o Roadster não encontrou comprador – resultado de destaque teve um outro alemão, um BMW M1 Procar.

Apenas o segundo dos Procar a ir a leilão nos últimos quatro anos, o M1 apenas parou para além do milhão, mais exactamente nos 1.015.584 euros.

Vindo também das pistas, o Alfa Romeo Tipo 33 TT12 não encontrou comprador, tendo a plateia mostrado mais interesse pelos automóveis de Rali, que foram vendidos por preços moderados: um Lancia Fulvia 1600 HF Lusso, de 1972, preparado para ralis de Regularidade, acabado de restaurar, foi vendido por 44.104 euros. Já um Alpine A110 1600S, de 1970, em conformidade com as especificações do Grupo 4, foi vendido por 79.864 euros, quando estava foi estimado entre 80.000 e 120.000 euros.

Com os modelos Pré-Guerra a também venderem bem, a preços interessantes, o mesmo aconteceu com os automóveis provenientes da denominada GT Lamborghini Collection.

Sem preço de reserva, os quatro automóveis e os dois tractores foram vendidos, o que não aconteceu com os Lambo mais recentes, com um Countach, um Aventador e um Sián a ficarem sem comprador.

Foto: Sutton/Artcurial