Passaram 50 anos sobre o primeiro triunfo no Monte-Carlo do Alpine A110.
50 anos não é uma efeméride comum. E, no entanto, quase passou em claro o 50º aniversário (na passada sexta-feira) da primeira grande vitória internacional do Alpine-Renault A110, o triunfo no Rallye de Monte-Carlo.
Da própria marca – que fez uma breve referência ao aniversário, ao dar notícia da vitória dos Alpine actuais na categoria FIA R-GT da prova monegasca – à Imprensa especializada francesa, o 50º aniversário do triunfo de Ove Anderson-David Stone passou em claro (tendo sido lembrado em Portugal, no blog do Clube Alpine Portugal).
Quem sabe se não perdura em França alguma mágoa, como aquela que se viveu precisamente em 1971, quando a Renault decidiu contratar o sueco para fazer parte de uma equipa que tradicionalmente era exclusivamente gaulesa.
Certo é que a escolha do sueco se mostrou bastante feliz, uma vez que o piloto, nesse mesmo ano, triunfou também no San Remo, nos Alpes Austríacos e no Acrópole, sendo determinante para a conquista do Campeonato Internacional de Construtores, antecessor do WRC.
Criado oito anos antes, inicialmente com motor de 956cc (que depois foi sendo substituído por unidades de maior cilindrada, até chegar, no final da carreira, entre 1976 e 1977, ao de 1.647cc), no Monte-Carlo de 1971 os A110 apresentaram-se na sua versão 1600, que montavam o motor de 1.565cc, originalmente do Renault 16 TS.
O seu baixo peso e o chassis muito equilibrado, permitiram aos Alpine dominarem o Monte-Carlo de 1971, terminando no “top ten” mais três carros oficiais, com Jean-Luc Thérier em segundo, Jean-Claude Andruet em quarto e Bernard Darniche em oitavo.
A terminar esta breve nota evocativa, apenas uma curiosidade: os Alpine partiram todos não de uma cidade europeia… mas da marroquina Marrakesh.
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