Abarth 1000 Monoposto: a máquina do 100º recorde

Máximo, obtido há 60 anos, teve como piloto… o próprio fundador da marca.

Como se sabe, para Carl Abarth a busca por recordes era uma verdadeira obsessão. Há 60 estava perto de conseguir o 100º máximo da sua história. Para tal, criou o Abarth 1000 Monoposto e, em Monza, lançou-se ao volante…

Contando então 57 anos, longe iam os tempos do Carlo Abarth piloto… de motociclismo, campeão europeu por cinco vezes, com uma carreira terminada por um grave acidente.

Criando a Abarth & C., em sociedade com Armando Scagliarini, em 1949, Calo Abarth sempre viu nos recordes de velocidade um desafio e uma operação de marketing.

Acumulava máximos quando a FIA (Fédération Internationale de l'Automobile), no final de 1964, decidiu estabelecer alguma ordem nos recordes, estabelecendo várias categorias. A G, até 1.000cc, ou a E, até 2.000cc.

Abarth viu ali um novo desafio e lançou-se na aventura, tanto como construtor quanto como piloto.

O novo carro — desenvolvido inteiramente pela própria Abarth — era um monolugar de rodas abertas, com um motor de 982cc, derivado do utilizado na Fórmula 2 durante a temporada de 1964.

Com duplo comando de válvulas, o motor debitava 105 cavalos a uma rotação de 8.800rpm. Tinha um peso total de apenas 500 quilos, nos quais estava incluído um pequeno tanque de combustível de 10 litros, o suficiente para estabelecer os novos recordes de aceleração definidos pela FIA.

Mito ou realidade, conta-se que, para caber no cockpit, Carlo Abarth submeteu-se a uma dieta rigorosa (que se diz ter sido baseada exclusivamente em maçãs) e perdeu… 30 quilos. Além de permitir que ele coubesse no cockpit, a redução de peso contribuiu para melhorar o desempenho e, portanto, para alcançar o resultado.

Assim, o circuito habitual do Autódromo de Monza foi o palco de mais um feito. O Fiat Abarth 1000 Monoposto conquistou dois recordes mundiais na Classe G, estabelecendo os máximos de aceleração nos 400 metros (13,62s) e nos 500 metros (15,38s).

Não satisfeito com o sucesso que acabara de alcançar, Carlo Abarth equipou o monolugar com um motor de dois litros e, no dia seguinte, também estabeleceu dois novos recordes de aceleração na Classe E: nos 400 metros e nos 500 metros, com tempos de 11,55s e 15,38s, respectivamente.

Estava estabelecido o 100º (e o 101º) recorde mundial da Abarth(que haveria de chegar aos 143 máximos mundiais), agora recordado pela Stellantis, com a exposição da máquina no Heritage Hub de Turin e o lançamento de uma edição limitada de um relógio, o cronógrafo Breil Abarth 1000, com botões de START e STOP, inspirados nos recordes de há 60 anos.


Foto: Stellantis Media

Abarth 1000 Monoposto: a máquina do 100º recorde Abarth 1000 Monoposto: a máquina do 100º recorde Reviewed by Auto Vintage on 13.11.25 Rating: 5

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