Zoute: gastar sim… mas com moderação

Leilões do evento belga movimentaram milhões.

Os dois leilões – da Broad Arrow e da Bonhams – do programa do Zoute Grand Prix movimentaram muitos milhões de euros. Nem outra coisa era de esperar, face a 150 automóveis em catálogo. Mas, perante compradores conhecedores, gastou-se mas… com moderação.

Em regra, nos dois leilões, os automóveis que foram vendidos atingiram os valores estimados. Mas não foram além disso. Como escrevia hoje um congénere nosso, face a plateias formadas por licitadores conhecedores e experientes, ninguém demonstrou interesse por ilusões.

Na venda da Bonhams, por exemplo, o Ferrari F40 do catálogo estava estimado entre 2,6 e 2,9 milhões de euros, acabando arrematado por 2.645.000 euros (valor interessante, mas distante dos recordes dos últimos tempos).

Dois outros automóveis fabricados em Maranello colocaram-se no top-five do leilão: um 250 GT Berlinetta Lusso, de 1963, pela qual o novo proprietário pagou 1.380.000 euros e um 375 GTB/4 Daytona, de 1969, que encontrou um comprador por 603.750 euros.

Com muitos super-desportivos em catálogo, tal como na venda da Broad Arrow, nesta última um outro Ferrari, um 275 GTB/4, de 1967, pintado em verde pino, brilhou, ao atingir o valor de 2.675.000 euros, quando estava estimado entre 2.700.000 e 3.200.000 euros.

Dos vários modelos de competição em catálogo o destaque foi para o BMW 3.0 CLS, de 1976, automóvel muito apreciado pelos belgas, por ter vencido as 24 Horas de Spa.

Apesar de ter sido vendido por excelente valor para o modelo (passou a ser o segundo mais caro de sempre), ficou-se pelos 413.000 euros (485.680 após comissões e impostos).

Ou seja, na linha de todos as vendas: um bom valor, mas que não superou a estimativa mínima, que apontava para um valor entre 500.000 e 600.000 euros.

Foto: Broad Arrow