Depois de sete mil horas de restauro, modelo único de 1979 superou a barreira das 200mph e atingiu os 33km/h.
Criado em 1979 e mostrado ao público pela primeira vez em 1980, o Aston Martin Bulldog foi criado para bater um recorde: ultrapassar as 200 milhas por hora (321,87km/h). Falhou, então. Agora, 44 anos depois e após um longo restauro, rodou a um máximo de 205,4mph, qualquer coisa como 330,5km/h.
Em 1979, na pista de testes da MIRA (Motor Industry Research Association), o Bulldog não conseguiu ir além das 191mph, falhando o seu propósito de ultrapassar as 200mph.
Depois veio uma história que aqui contámos há cerca de um ano:
criado como uma antevisão do automóvel do futuro, em 1981, para pagar dívidas fiscais da Aston Martin, foi leiloado, tendo sido entregue a um comprador do Médio Oriente, região onde se manteve por muitos anos.
Em 2020 foi adquirido pelo norte-americano Philip Sarofim, que promoveu um restauro (que obrigou a 7.000 horas de trabalho), que o devolveu ao estado em que agora se encontra.
Trata-se de um modelo de linhas (então) futuristas, bastante baixo (apenas 1.092 milímetros de altura), que pesa 1.445 quilos, que são movidos por um motor de 5,3 litros, distribuídos por oito cilindros em V, que debita 600 cavalos (dizendo-se que agora a potência subiu pra os 650cv).
Belo, ao ponto de no ano passado ter sido o eleito do público (Coppa d’Oro) no selecto Concurso de Elegância de Villa d’Este.
Mas, o propósito da criação do Bulldog não era ficar conhecido como “elegante”, mas sim como uma viatura de recorde.
Agora, com Darren Turner ao volante, tendo como “pista” a antiga base-aérea da NATO em Campbeltown (na Escócia), o Bulldog “voou” até às 205,4mph, concretizando um sonho com mais de 40 anos.
Após o recorde, Phillip Sarofim, o actual proprietário do Aston Martin Bulldog, declarou: “hoje os sonhos tornaram-se realidade. Os sonhos dos designers e engenheiros originais que criaram o Bulldog. Esses pioneiros que quebraram limites, não apenas limites de velocidade, mas também limites de design, inovação e tecnologia”.
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