BMW M1 ex-Paul Walker volta a subir ao palco

Modelo AHG Studie (uma de dez unidades) foi vendido há dois anos por meio milhão de dólares.

Nove anos depois do seu trágico desaparecimento, o nome de Paul Walker continua a “vender”. Amanhã, no leilão da RM/Sotheby’s em Miami, uma das “estrelas” será o BMW M1 AHG Studie, que, por meio milhão de dólares, mudou de mãos há menos de dois anos.

Vendido em Fevereiro de 2021 através da plataforma Bring a Trailer, o singular M1 quase que não chegou a conhecer a sua nova garagem. Daí para cá, rodou 21 quilómetros (apresenta-se agora com um total de 6.821km) e volta subir ao palco, desta vez num peculiar leilão que terá lugar amanhã.

Anunciando-se com um valor estimado idêntico aquele pelo qual foi comprado há menos de dois anos, este não é – para além de ter pertencido à colecção do falecido actor da saga Velocidade Furiosa – um M1 qualquer.

Na verdade, os AHG Studie são uma série de dez unidades, assentes na versão de estrada do modelo e posteriormente modificados, para se assemelharem aos célebres Procar.

Criação de Peter Gartemann, director da BMW AHG, estes M1 distinguem-se pelas cavas das rodas alargadas, guarda-lamas mais desportivos, um spoiler mais proeminente e jantes BBS de 16 polegadas.

Além disso, cada carroçaria foi pintada à medida do cliente: esta foi feita em branco, que era a cor original do M1 não modificado, mas decorada com as cores BMW M, que o atravessam da frente para trás.

Naturalmente, também beneficiou de desenvolvimentos técnicos, pois o bloco de 3,6 litros, seis cilindros e 277cv da série M1 passou a render 350cv.

Até hoje, este M1 quase não tem parado de mudar de mãos. Quando saiu da linha de produção foi entregue, em Agosto de 1979, à BMW Schneider. Seria depois transformado pela AHG nos primeiros anos da década de 80, tendo sido entregue a um cliente alemão.

Depois foi exportado para os Estados Unidos, começando por fazer parte da Colecção Ed Weaver, de Dalton (Georgia), onde se manteve até 1995, Voltou a mudar de dono em 2011, seguindo para o Texas e, no mesmo ano, daí para a colecção que Paul Walker detinha em sociedade com Roger Rodas.

Tendo ambos falecido em 2013, o M1 foi adquirido em 2014, por quem o vendeu em Fevereiro do ano passado, sendo quem o comprou quem agora o confiou à RM/Sotheby’s.

Num leilão com 55 automóveis em catálogo, a venda de amanhã, apesar de denominada “The Youngtimer Collection” também inclui alguns automóveis mais antigos, como um Jaguar E de 1974, um Mercedes-Benz 450 SLC de 1981, um Ferrari 365 GTS/Daytona, de 1973 (com preço estimado entre 2,2 e 2,4 milhões de dólares) ou, ainda, um Lancia 037 Stradale Evolution II, de 1982 (estimado entre 500 e 600 mil).

Os “campeões” em matéria de valor de venda deverão ser os Ferrari F40, de 1990 (valor estimado entre 3 e 3,5 milhões de dólares), F50, de 1995 (estimado entre 6,5 e 6,5 milhões) e Enzo, de 2003 (estimado entre 3.250.000 e 3.750.000).

Foto: RM/Sotheby’s