Há 60 anos, o dia 24 de Fevereiro foi um sábado. Um dia da semana, assim entendeu Enzo Ferrari, para convocar a Imprensa e mostrar o seu novo modelo. Há 60 anos era apresentado o 250 GTO, hoje o automóvel mais valioso de todos os Clássicos.
Em boa verdade, naquele dia ninguém era capaz de antever que, passados 60 anos, o Ferrari 250 GTO viria a ser o automóvel mais valioso de todos os tempos, um deles vendido em leilão, há quatro anos, por quase 50 milhões de dólares.
Segundo a apresentação feita por uma publicação da época, “o novo carro é reconhecível pelo focinho longo e aerodinâmico, que quebra a tradição dos anteriores GT’s da Ferrari. A traseira foi cortada verticalmente, como no caso dos carros desportivos”.
Dá-se conta, depois, que utiliza “o comprovado motor em V de 12 cilindros, a 60 graus, com seis carburadores, atingindo os 300 HP às 7400rpm, tornando este Berlinetta o veículo mais potente de série”.
Uma semana mais tarde, depois de testado, a Imprensa afirmava que “o Ferrari 250 GTO é o Grand Turismo mais poderoso de sua classe feito até hoje e, nas mãos de um bom piloto, será difícil de bater”.
Os anos seguintes confirmaram essa previsão, com a Ferrari a conquistar o Campeonato Internacional de Construtores em 1962, 1963 e 1964.
Até Setembro de 1963 foram fabricadas 33 unidades (há quem lhes some mais três), hoje avaliadas em verdadeiras fortunas. Uma delas, segundo notícia nunca confirmada (nem desmentida…) terá mudado de mãos, numa venda privada, por 70 milhões de dólares.
Tudo isto por um automóvel que em 1962, aquando da sua apresentação, tinha o preço de 18 mil dólares, o que ao tempo já era uma fortuna!
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