Monterey: dinheiro não faltou para o que havia para comprar

 


Leilões de 2021 movimentaram mais 37% do que os de há dois anos.


Os cinco leilões levados a cabo no âmbito da Semana de Monterey prometiam muito. Na hora do balanço, pode-se dizer que os sinais foram bastante positivos, confirmando que, para o muito que havia para vender, apareceu muita gente com (muito) dinheiro para comprar.

Tendo movimentado um valor 37% superior aos leilões de 2019, apesar do total dos catálogos incluir cerca de 25% menos automóveis do que há dois anos, o balanço dos leilões de Monterey só pode ser qualificado como positivo. São muitos os dados para análise, mas há um que será ainda mais representativo: venderam-se 82 automóveis por mais de um milhão, quando em 2019 só 45 ultrapassaram a mítica barreira.

É certo que também houve “fracassos”, como a não venda do Porsche 917 K com a cores da Gulf ou o Jaguar D-Type, apesar de por eles, respectivamente, terem sido oferecidos 15 e 4,2 milhões de dólares.

Talvez – dizem os analistas norte-americanos – seja também isso sinal de que os vendedores acreditam que a retoma ainda só se está a iniciar.

Já aqui falámos dos dois Clássicos mais caros nas vendas de Monterey, o Ferrari 250 California LWB Competizione Spider, de 1959, vendido pela Gooding & Co., e o Aston Martin DB4 GT Zagato, de 1962, leiloado na primeira das três sessões da RM/Sothebys. Somado, o valor dos dois automóveis ultrapassou os 20 milhões de euros.

Mas há muitas outras vendas que merecem uma referência.

Ainda (e sempre…) os modelos criados pela Ferrari foram os que geraram mais valor. Apenas somando os que constam do “top ten” de cada uma das leiloeiras, os 15 Ferrari aí incluídos somaram 70 milhões de dólares.

Mas há outras marcas e modelos que foram bastante bem valorizados.

No leilão da RM/Sothebys subiu ao palco o norte-americano mais valioso, o Shelby Cobra 289 R&P Roadster, de 1963, vendido por 4.130.000 dólares, enquanto que na venda da Bonhams o “campeão” foi o Mercedes-Benz 26/120/180 S Type Sports Tourer, de 1928, que ultrapassou os cinco milhões (5.395.000 dólares).

Cinco milhões foi barreira também ultrapassada, no leilão da Gooding, pelo Bugatti Type 35B Grand Prix Roadster, de 1929 – colocando-se logo a seguir aos milionários McLaren F1 e Ferrari 250 California –, vendido por 5.615.000 dólares.

Tendo a Mecum como mais valioso um contemporâneo LaFerrari, entre os Clássicos desta casa também se destacou um Shelby Cobra, um 427, de 1967, vendido por 2.860.00 dólares, quase dez vezes mais do que o mais caro (um Ferrari 330 P4 Replica Spider, de 1967) no leilão para os “comuns mortais”, a venda da Russo and Steele, que teve um preço médio de 56 mil dólares por automóvel.

Com tantos números, quase passou despercebido que o Porsche 911 R, de 1968, também foi vendido: mudou de mãos por 3.360.000, ou seja, cerca de 2.856.000 euros.


Foto: Bonhams

Monterey: dinheiro não faltou para o que havia para comprar Monterey: dinheiro não faltou para o que havia para comprar Reviewed by Auto Vintage on 19.8.21 Rating: 5

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