Faz hoje 50 anos que Mikkola-Palm triunfaram na maratona do “Mundial” de Futebol.
Faz hoje 50 anos que chegou ao final uma das mais míticas maratonas da História do Automobilismo. O London-Mexico World Cup Rally, com os seus 25.700 quilómetros, ligou as cidades que acolheram os “Mundiais” de Futebol de 1966 e de 1970, terminando com a vitória da dupla Hannu Mikkola-Gunnar Palm, consagrando o Ford Escort como uma máquina rápida e resistente.
Preparados especialmente para esta prova – que surgiu na sequência da anterior Maratona Londres-Sydney – os Ford Escort TC (dotados de motor Kent, com a cilindrada elevada para 1.850cc), inscritos pelo jornal Dailly Telegraph e pela própria Ford Motor Company, eram apenas alguns dos favoritos entre as 96 equipas que alinharam à partida.
Os três automóveis do Dailly Telegraph foram confiados a uma tripla de pilotos finlandeses – para além de Mikkola, Rauno Aaltonen e Timo Mäkinen, o trio que aparece na foto – havendo mais quatro Escort, apenas inscritos pela Ford, para o polaco, campeão europeu de Ralis, Sobieslaw Zasada e para os britânicos Roger Clark, Jimmy Greaves e Richard Hudson-Evans.
Tendo como opositores pilotos sonantes – como Tony Fall, Paddy Hopkirk, Andrew Cowan ou Bob Neyret – em matéria de marcas a oposição à Ford vinha de mais três equipas “oficiais”: a British Leyland (que apostou no Austin Maxi e nos Triumph 2.5 Pi), a Citroën e a soviética Moskvich.
Partindo do Estádio de Wembley, a 19 de Abril, fazendo a travessia para a Europa Continental em Dover, a prova dirigiu-se depois a Sul, até chegar, cinco dias mais tarde, a Portugal.
Entrando pela fronteira de Vilar Formoso, a maratona seguiu para Guarda e daí para Arganil, onde se iniciou um troço de cerca de 60 quilómetros, até à Pampilhosa da Serra.
Daí toda a caravana rumou a Lisboa, onde os automóveis foram embarcados para seguirem rumo ao Brasil, onde se iniciou a secção da América Latina.
Depois de percorridas estradas de 25 países, a 27 de Maio de 1970, Hannu Mikkola e Gunnar Palm, com Escort de nº 18 foram os primeiros (de 23 “sobreviventes”) a chegar à Cidade do México, inscrevendo o seu nome numa página única da História do Automobilismo.
Rally Londres-México: a consagração do Escort
Reviewed by Auto Vintage
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27.5.20
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