Mónaco: o local ideal para vender antigos F. 1

Dos 14 monolugares levados a leilão, apenas o Tyrrell 008 (com o qual Depailler venceu no Principado em 1978) ficou sem comprador.

Entre o catálogo da RM/Sotheby’s e o da Bonhams, 14 Fórmula 1 de outros tempos foram a leilão no Mónaco. Venderam-se todos menos um, o Tyrrell 008, com o qual Patrick Depailler venceu no Principado em 1978.

O antigo campeão do Mundo Jody Scheckter foi um dos grandes “vencedores” do fim-de-semana: os sete F. 1 da sua colecção (a que se somavam mais quatro monolugares de fórmulas inferiores e um Alfa Romeo Giulietta SZ, que correu a Targa Florio) foram vendidos por 12 milhões de euros.

Como se previa, o automóvel mais caro (7.655.000 euros) foi o Ferrari 312 T4, de 1979, com o qual o piloto venceu os grandes prémios da Bélgica, Mónaco e Itália e que comprou à Ferrari em 1982.

Outro Ferrari – mas já não da colecção do antigo piloto sul-africano –, o 625, de 1954, também foi bem valorizado, tendo sido vendido por 2.705.000 euros, enquanto que o Tyrrell P34 (o famoso “seis rodas”) e o McLaren M23, de 1973, ambos da Colecção Scheckter, também ultrapassaram a barreira do milhão de euros.

Valores bem mais modestos foram os obtidos pela Bonhams, em cujo leilão o F. 1 mais caro acabou por ser o Toyota TF102, de 2002 (o primeiro monolugar do construtor nipónico na F. 1), que foi vendido por 293.250.

Desilusão acabou por ser a não venda, já referida, do Tyrrell 008, que estava estimado entre 1.100.000 e 1.400.000 euros, valor que nenhum comprador se mostrou disposto a pagar, mesmo sabendo que foi com esse carro que o francês venceu o Grande Prémio do Mónaco de 1978.

Entretanto, o “terceiro” leilão do Mónaco – a venda da W Collection, levada a cabo pela Artcurial – foi um êxito, vendendo todos os lotes.

Disso falaremos amanhã.

Foto: RM/Sotheby’s