Alberto II apresentou-se no palanque do “Historique” para prestar homenagem ao pai.
Na última noite do Rallye Monte-Carlo Historique, antes de aparecerem os 213 sobreviventes que iriam disputar a Noite do Turini, um raro automóvel dos anos 50 subiu ao palanque. Era o DB Frua da Collection du Prince, com Alberto do Mónaco ao volante.
Os Deutsch-Bonnet (DB) nunca foram muitos. No total, entre 1937 e 1962, terão sido fabricados cerca de dois mil. Mais raro, ainda, é o DB Frua, o coupé que não chegou aos 100 exemplares.
Foi com um deles que o Príncipe Rainier, pai de Alberto do Mónaco, alinhou no Tour Auto de 1953, inscrevendo-se com um pseudónimo, para evitar ser reconhecido, algo que não serviu de muito, já que foi descoberto quando a prova foi para a estrada.
O DB Frua de Ranier perdeu-se, mas o filho, Alberto II, tinha o sonho de ter um desses automóveis na colecção do Principado, a denominada Collection du Prince.
Adquirido um modelo acidentado num leilão, em 2013, durante cerca de uma década os mecânicos da Collection du Prince tentaram recuperar o DB, conseguindo tê-lo pronto a tempo de Alberto II “alinhar” no Monte-Carlo Historique.
Apresentou-se o mais semelhante possível ao automóvel do Príncipe Rainier, nomeadamente, na cor vermelha, feita a partir da paleta oficial da marca.
Eram cerca das 20:00 horas, quando se ouviu o ronco do motor Panhard, que partiu para efectuar o percurso da última noite do “Historique”.
Um par de horas depois, o DB Frua regressou ao pódio do Mónaco, para Alberto II dar a partida aos primeiros concorrentes na classificação geral.
Fotos: ACM
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