Um imaculado Ferrari 250LM que nunca chegou a competir

Chassis 5901 será leiloado pela Artcurial na próxima Retromobile.

Entre 1963 e 1965, apenas foram construídos 32 Ferrari 250LM. Na verdade, o modelo deveria ter sido homologado como GT, mas isso exigiria a produção de 100 automóveis. O coupé de corrida, com motor central, teve de correr na classe de Protótipos. Mas um deles, o chassis 5901 nunca correu. Vai a leilão em Fevereiro.

Em 1965 o 250LM, pilotado por Masten Gregory e Jochen Rindt, venceu as 24 Horas de Le Mans, tendo como protagonista o chassis 5893. O chassis 5901 – que a Artcurial vai leiloar na próxima Retromobile – tem um passado bem menos glorioso: décimo a ter sido fabricado, foi inscrito pela NART (North American Racing Team) em apenas uma corrida, nas 24 Horas de Daytona de 1966, como carro reserva. Mas… nunca chegou a correr.

Desta forma, ao contrário da grande maior dos seus “irmãos”, este 250 LM permaneceu até hoje na sua condição original, o que é bastante incomum. Outros 250 LM sofreram acidentes, foram reconstruídos com carroçarias diferentes ou ainda continuaram a existir, como “recreações”.

A Artcurial ainda não anunciou qual o preço estimado para o 5901, mas sabe-se o que valeram os poucos 250 LM foram leiloados na última década (quatro no total).

O chassis 6045, por exemplo, mudou de mãos em Monterey em Agosto de 2015, por 15,8 milhões de euros, enquanto que em Janeiro do mesmo ano foram pagos 8,7 milhões de euros pelo chassis 5899. A diferença entre os dois estava no facto de que o 6045 (à semelhança do que será vendido em Fevereiro) também estava praticamente intocado, enquanto que o 5899 foi utilizado em corridas pela Scuderia Filipinetti.

A venda de Fevereiro servirá, também, para apurar o que vale mais: a originalidade de um modelo ou o seu passado histórico.

De uma maneira ou de outra, o 250 LM, se se vender em Fevereiro, deverá chegar ao final do ano como um dos dez mais caros de 2023.

Veja o vídeo de lançamento da Artcurial.

Foto e vídeo: Artcurial