Antigo piloto de Fórmula 1 sofria há vários anos da doença de Parkinson.
Foi dos mais ecléticos dos pilotos dos anos 70 e 80, mas na memória ficou principalmente a sua passagem pela Ferrari, coroada com duas vitórias em grandes prémios, cinco pole-positions e 11 subidas ao pódio, uma delas, em 1985, em Portugal.
Daniel Patrick Charles Maurice Nasri Tambay, no automobilismo apenas conhecido como Patrick Tambay, nasceu em Paris a 25 de Junho de 1949. Após vários anos sofrendo com a doença de Parkinson, a sua família anunciou ontem o seu falecimento.
Um dos muitos jovens franceses que viram o início da sua carreira ser suportado pela Elf e talento apurado na Winfield Racing School – à semelhança de nomes como Alain Prost, François Cevert, Jacques Laffite, Jean Alesi ou René Arnoux – Tambay só chegou à F.1 aos 27 anos, quando fez a sua estreia, ao volante de um Ensign da equipa Theodore, no G. P. da Grã-Bretanha.
Mudando para a McLaren no ano seguinte (cumprindo duas épocas), em 1981 regressou à Theodore e, depois, mudou-se para a Ligier.
Sem volante para 1982, a sua grande oportunidade surgiu na sequência da trágica morte do seu amigo Gilles Villeneuve, quando a Ferrari o contratou para o lugar do malogrado piloto canadiano.
Correndo nesse ano seis grandes prémios e toda a época de 1983, como ainda hoje lembrava a marca de Maranello, em comunicado, “Tambay foi um dos verdadeiros protagonistas dos anos 80, vencendo duas corridas com a Scuderia e contribuindo para a conquista do título de Construtores em 1982 e 1983”.
Esse dois triunfos – Alemanha em 1982 e San Marino em 1983 – acabariam por ser os únicos de uma carreira que depois teve continuidade na Renault e na Lola-Haas.
Voltara, então, às origens (ele que fizera os seus estudos nos Estados Unidos), já que ainda antes da F. 1, tinha corrido para Carl Haas nos Estados Unidos, sendo campeão de Can-Am em 1977 e 1980.
Dando continuidade esporádica à sua carreira, com participações nas 24 Horas de Le Mans e no Paris-Dakar, depois de retirado das pistas foi comentador de televisão.
Ao longo de toda a vida, ficou conhecido como “o piloto cavalheiro”, devido às suas maneiras educadas e elegantes.
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