Achado(s)…

Crónica Pedro Diogo

Há (quase) sete anos fui à Rétromobile com o propósito de ver ao vivo o Auto-Union type D V12 Grand Prix. Bem, na verdade, tanto fazia ser o type D ou outro qualquer porque o que queria mesmo era aproveitar a rara oportunidade de ver um Auto-Union “ao vivo”. O dito automóvel era o centro das atenções do habitual leilão da feira de Paris que, dessa vez, era promovido pela Christies. Como não passo de um simples observador (e distante) nestas coisas dos leilões, pois só compro carcaças motorizadas até mil euros, lá fui para Paris com esta fisgada. Mas não sozinho. Aqui, e porque nós, os obcecados pelos carros velhos, temos de nos unir, partilho uma técnica que podemos/devemos utilizar, embora válida, como poderão verificar já a seguir, para uma vez só. Trata-se do necessário, embora esporádico, envolvimento involuntário das nossas “aturadoras” numa coisa de que gostamos e, ainda por cima, fazendo-lhes crer que lhes estamos a fazer um favor! Eu sei, parece impossível mas, como poderão confirmar, não é assim tanto. É no entanto fundamental, como dizem os bifes, “representar a normalidade” enquanto o fazem. Para isso basta deixar escapar, enquanto limpamos a loiça ou aspiramos a sala, e para que o impacto seja maior, uma coisa deste género (…)

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