“Penta” Seara Cardoso nas 500 Milhas ACP

Dupla portuense – desta feita com um Triumph TR 4 – regressou aos triunfos.

Carlos e Ricardo Seara Cardoso, desta feita utilizando um Triumph TR 4 (e não um dos Lancia com que venceram anteriormente) venceram a edição deste ano das 500 Milhas ACP. Depois dos êxitos em 2015, 2016, 2018 e 2019, a dupla portuense conseguiu o “penta” numa prova que conta com 17 edições disputadas.

Sendo certo que não existe um Classificação Geral na prova do ACP-Clássicos – os prémios são distribuídos por categorias – é inevitável olhar para os resultados globais e reconhecer que a dupla do Triumph foi a menos penalizada de todas as 55 duplas que alinharam à partida, que este ano teve lugar em Braga.

Com uma manhã bastante disputada – envolvendo então as três duplas que acabariam por ser as menos penalizadas no final, às quais se somavam António Lopes da Silva-José Carlos Figueiredo, entretanto “travados” por problemas mecânicos no Porsche 912 –, a meio da prova, após a nona das 18 provas de regularidade, os futuros vencedores já se encontravam na liderança, seguidos de Manuel Romão-António Caldeira, em Datsun 240 Z, e de Pedro Carregosa-Ekta Sureschandre, em Jaguar XK 2 3.8.

No final do dia, em Montargil, embora por ordem diferente, seriam estas três equipas a ocuparem os primeiros postos, sendo que, curiosamente, cada uma venceu a respectiva categoria.

Carlos Seara Cardoso-Ricardo Seara Cardoso, que terminaram a prova com um total de 15,1 segundos de penalização, foram os vencedores da Categoria F. Pedro Carregosa-Ekta Sureschandre (que somaram mais 9,7 segundos de penalização) triunfaram Categoria E. E Manuel Romão-António Caldeira (no final com mais um décimo de segundo de penalização do que a dupla do Jaguar) foram os primeiros na Categoria G.

Vencedor também foi, mais uma vez, o ACP-Clássicos, face ao êxito da prova: “Era realmente difícil pedir melhor”, resumia, no final, Filipe Gaivão, o Director da prova. “Foi, de facto, uma edição a todos os títulos memorável, entre as melhores de sempre das 500 Milhas ACP, porque tudo correu de forma perfeita”.

“Desportivamente, tivemos uma discussão muito renhida pelos primeiros lugares, o que tornou tudo ainda mais emocionante, sendo de realçar a enorme qualidade dos concorrentes, comprovada, de resto, pelo facto de termos tido 15 vencedores diferentes nas 18 provas especiais disputadas”, destacou, ainda, Filipe Gaivão.

Terminada a edição de 2022, Filipe Gaivão deixou já a promessa de que as 500 Milhas ACP do próximo ano serão uma viagem ao passado e às origens desta prova, num itinerário que, “embora não esteja ainda totalmente definido”, levará os concorrentes a percorrer a totalidade da maior estrada nacional portuguesa, a histórica EN2.