Tríptico dos Alfa Romeo B.A.T. será leiloado amanhã.
A Sotheby’s realiza amanhã, em Nova Iorque, o seu leilão “Contemporary Art Evening Auction”. De Andy Warhol a Alexander Calder há peças de Arte de muito valor. Mas o que nos interessa aqui é o tríptico dos Alfa Romeo B.A.T, desenhados nos anos 50 por Franco Scaglione.
Criados pela Bertone, como “concept cars”, para serem mostrados nos Salões de Turin de 1953 e seguintes, os B.A.T. – sigla que corresponde a Berlina Aerodinâmica Técnica – representaram, então, o que se antevia do automóvel para as décadas que haveriam de vir.
Mas, desde o momento em que foram criados, foram também sempre vistos como obras de Arte, condição em que agora são integrados no catálogo da Sotheby’s.
O mais antigo do trio é o B.A.T. 5 (castanho), com a carroçaria criada por Scaglione cobrindo a mecânica de um Alfa Romeo 1900. Com o seu coeficiente de resistência aerodinâmica de 0,23cd, ainda hoje é um marco nessa matéria, apesar de não chegar aos 0,19cd do seu sucessor, o B-A.T. 7 (azul), apesar deste já não ter causado a surpresa do primeiro da série.
Por fim, o B.A.T. 9 – que muitos dizem o mais “normal” – é quase um ensaio para a construção de um grande turismo, que quase poderia dar origem a um Alfa Romeo de série.
Colocados num único lote, os três B.A.T. poderão atingir um valor a rondar os 20 milhões de dólares (cerca de 17 milhões de euros) *. Menos que o quadro de Mark Rothko, do mesmo catálogo, com valor estimado em 35 milhões de dólares…
* Actualização: o conjunto dos três automóveis foi vendido por 14.840.000 dólares, a licitação máxima que recebeu no leilão.
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