Na venda do próximo dia 26, há de tudo um pouco: de um raro Bugatti a vários Citroën 2CV.
Tal como já foi amplamente noticiado, no próximo dia 26 terá lugar o primeiro dos leilões da Colecção Mullin. No catálogo há um pouco de tudo, desde exclusivos modelos do período Art Deco aos populares Citroën 2CV. E muitos com amplo restauro pela frente…
Após a morte do seu fundador, o milionário Peter Mullin, em Setembro do ano passado, foi tomada a decisão de encerrar o Mullin Automotive Museum em Oxnard, Califórnia, onde os amantes da bela mecânica podiam apreciar, desde 2010, uma colecção privada que inclui uma das maiores reuniões de modelos da Bugatti do mundo e uma das mais ricas colecções de automóveis franceses.
Dos 115 lotes do leilão da Gooding – entre automóveis, bicicletas, motocicletas, carruagens, um barco e componentes de veículos (motores e chassis) –, todos levados a leilão sem preço de reserva, importa dizer que a maioria deles são automóveis que estão parados há muito tempo e, como tal, necessitam de muito trabalho antes de voltarem a ser colocados em circulação.
Não sendo, portanto, o leilão da Colecção Mullin, mas “apenas” a venda de mais alguns exemplares da mesma, há, porém, alguns modelos de fazer crescer água na boca dos potenciais interessados.
Estão neste caso, desde logo, o Bugatti Type 57C Aravis, carroçado pelo francês Gangloff, de que apenas três exemplares sobreviveram ao longo dos anos, incluindo este chassis 57768, que foi encomendado como novo em 1939 pela Granat & Fils para o piloto da Bugatti, Maurice Trintignant.
Com pintura em marfim e azul escuro, após um restauro completo, recebeu o primeiro prémio da sua categoria no Pebble Beach Concours d'Elégance de 2005, estando estimado entre 2,5 e 3,5 milhões de dólares.
Raro é também o Hispano-Suiza J12, de 1931, um dos automóveis mais caros da sua época. Movido por um V12 de 9,4 litros, que desenvolve 220 CV, apresenta-se com uma carroçaria Vanvooren. Tem um valor estimado entre 2,5 e 3,5 milhões de dólares.
Há também Bugatti Type 46 Semi-Profiled Coupé, de 1930, que chegou à Califórnia vindo de Praga, agora estimado entre 650.000 e 850.000 dólares e um Delage D8-120 Cabriolet, de 1937, com carroceria Chapron, um automóvel que os cinéfilos devem reconhecer da sua participação no filme “Um Americano em Paris”.
Fora dos franceses, mas também de elevado valor, do catálogo do próximo dia 26 constam dois alemães: um Porsche 356 A Super Speedster, de 1956 (estimado entre 250 e 350 mil dólares), e um Mercedes-Benz 300 SL Roadster, de 957 (estimado entre um milhão e 1,3 milhões de dólares).
E depois há os franceses “populares”: seis exemplares do Citroën 2CV, um Dyane, um Méhari e três Ami (somando-se ainda um M35 Prototype), um Renault 4CV e, até, um Peugeot 403 U8 Camionette.
Foto: Gooding & Company
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